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Sala de aula é vandalizada com mensagens de apoio a Bolsonaro e à ditadura

Sala da Faculdade de Comunicação da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), em São Paulo, teve as suas paredes rabiscadas com mensagens homofóbicas e de apoio ao presidenciável do PSL.

26/09/2018 01:27

Uma sala de aula da Faculdade de Comunicação da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), em São Paulo, teve as suas paredes rabiscadas com mensagens homofóbicas e de apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ), ao coronel Carlos Brilhante Ustra e à ditadura.

Sala de aula da Faap foi rabiscada com mensagens de apoio a Bolsonaro e à ditadura (Foto: Gabriela Von Ammon Eifler)

O espaço, que segundo alunos é dedicado a aulas de criatividade que integram o currículo de alguns cursos, abrigava cartazes e desenhos produzidos por estudantes. Entre eles havia mensagens como "nunca se cale diante da opressão", "este espaço foi higienizado contra a censura" e "fora Temer!".

Segundo a aluna do curso de animação Gabriela von Ammon Eifler, ao chegarem à sala por volta das 11h desta terça (25) os estudantes encontraram os materiais depredados e sobrepostos com mensagens como "Ustra herói brasileiro", "higienização já!" e "esquerda fede!". Uma bandeira com as cores do arco-íris, associada a movimentos LGBT, foi rabiscada com a frase "tapa na cara das puta, falta de surra!".

Menções a Bolsonaro, como "17 Neles" -referência ao número de urna do presidenciável-, "Bolso" e "#EleSim" também foram escritas. ​

"Era uma sala com bastante material sobre diversidade", explica a graduanda em Cinema Taline Mendonça Caetano, que estava entre os alunos da aula desta terça.

A Faap afirmou, em nota, que repudia "qualquer tipo de desrespeito, violência e discriminação".

"A Fundação reitera sua posição apolítica e totalmente voltada ao conhecimento acadêmico, esclarecendo que o que pode ter ocorrido não reflete a neutralidade da instituição", disse a Faap. ​

Segundo a instituição, "o fato ocorrido hoje se restringe a uma divergência entre os alunos, que são capazes e estimulados a debater entre eles". Sobre a violação do espaço da sala de aula, a instituição disse que já foram tomadas providências para garantir a manutenção do ambiente.

Fonte: Folhapress
Por: Mônica Bergamo
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