A senadora Regina Sousa (PT) se posicionou com relação às declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e criticou os ataques de alguns militantes contra eleitores, citando o caso que ocorreu com a jornalista Glenda Uchôa, do Jornal O DIA, no último domingo (21).

“Os pitbulls estão soltos; ninguém mais segura pit bull nas ruas. Jornalistas são agredidos apenas porque estão passando no final de uma passeata, quando já estava aberto o trânsito de carros. E só porque o carro da moça era vermelho? Pois quebraram os vidros dos carros e agrediram a moça, uma jornalista do jornal O Dia do Piauí.”, declarou a petista na tribuna do Senado Federal.

^{A senadora Regina Sousa comentou o ataque sofrido pela jornalista Glenda Uchôa e seu namorado, Pablo Cavalcante, em ato de candidato a presidente em Teresina (Foto: Elias Fontinele/O Dia)}

Regina Sousa chamou de “tempos sombrios” vividos pelos brasileiros. “Mas as instituições estão caladas. O que disse o filho do Bolsonaro foi que vão colocar dez novos Ministros e que querem ver quem é que vai ter coragem de declarar a inconstitucionalidade. O outro diz que a gente vai embora ou vamos presos. E ninguém diz nada?! A ‘gente’ a que eu me refiro somos nós da esquerda. ‘Os movimentos sociais serão enquadrados como terroristas’. E ninguém diz nada?!”, questionou.

A senadora falou também sobre a declaração do coronel do Exército Carlos Alves com xingamentos à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber. “Mas há uma fala que é muito pior do que a fala do Bolsonaro ou do que a fala do filho dele; é a fala do Coronel [...] Eu não estou escandalizada com o que ele diz, não; estou escandalizada com o silêncio ensurdecedor das instituições, principalmente do STF e do TSE”, pontuou.

Por fim, a petista pediu providências das instituições. “Se a Ministra Rosa Weber se cala, ela está assumindo isso que ele disse. E, se ele faz isso com a Ministra, o que ele vai fazer comigo? Então, se o STF e o TSE não dizem nada, como é que fica? A quem a gente vai recorrer?”, finalizou Regina.

Por: Ithyara Borges