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PT do Piauí tenta trazer Haddad para lançamento da candidatura de Wellington

Assis Carvalho reitera que o ex-presidente Lula, mesmo encarcerado, continua sendo o titular da candidatura do PT à Presidência da República.

13/08/2018 17:32

O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores no Piauí tenta encontrar uma brecha na agenda do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) para que ele participe do lançamento da candidatura a reeleição do governador Wellington Dias (PT), que acontece na próxima sexta-feira (17), em Teresina.


O deputado federal Assis Carvalho (Foto: Raoni Barbosa / Arquivo O DIA)


Haddad viria à capital piauiense no último final de semana, mas a viagem acabou sendo cancelada e apenas a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, esteve na cidade. Ao lado de Wellington, da senadora Regina Sousa (PT) e de outros parlamentares petistas, Gleisi participou no sábado (11) de um ato organizado pela ala jovem do partido em devesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde 7 de abril.

O deputado federal Assis Carvalho, presidente do PT no estado, diz que vai se reunir nesta terça-feira com membros do diretório nacional da sigla para verificar a possibilidade de Haddad vir ao evento da próxima sexta.

"A direção do PT tem uma reunião nesta terça em Brasília, para tratar do registro da candidatura do Lula, que será feito no próximo dia 15, e nós vamos também tratar da agenda do Haddad. Aí vamos ver se ele vai ou não a Teresina. Eu ainda não posso confirmar 100%. Por enquanto, está pré-indicado que ele participará, mas ainda não está confirmada a sua presença. De qualquer forma, o lançamento da candidatura de Wellington ao Governo acontecerá na sexta", afirma Assis.

O deputado reitera que o ex-presidente Lula, mesmo encarcerado, continua sendo o titular da candidatura do PT à Presidência da República. 

"O Lula é o nosso candidato a presidente, e o Haddad é nosso candidato a vice. Não há outro plano. O Haddad vai falar como vice, está indicado como vice e vai estar andando o Brasil como vice. O que nós vamos insistir é que não aceitamos a prisão política do Lula, e vamos elegê-lo mesmo na cadeia, se os opressores insistirem em interditar o nome que os brasileiros querem para a Presidência do Brasil. Então, nós temos um candidato a presidente, que é o Lula, e o Haddad é o candidato a vice", afirma Assis Carvalho.

Estratégia pode prejudicar partido nas eleições

O Partido dos Trabalhadores sabe que a Justiça Eleitoral não aceitará o registro de candidatura de Lula, pois, além de estar preso, ele foi condenado em segunda instância, por um colegiado, o que o torna inelegível, conforme prevê a Lei da Ficha Limpa.

Mesmo assim, a sigla insiste na estratégia de anunciar nacionalmente o ex-presidente como o candidato do partido no pleito deste ano.

A intenção do PT é prolongar o quanto for possível a ideia improvável de que Lula será candidato para que uma parcela significativa dos seus votos seja transferida para o real candidato da sigla à Presidência.

Ao não admitir que Haddad é o verdadeiro candidato, o PT impossibilita sua participação nos debates entre os candidatos - o primeiro deles realizado pela Band, na última quinta-feira (9).

Por: Cícero Portela
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