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Presidente da CNM: reforma da Previdência deve mirar mega-aposentadorias

Glademir Aroldi defende a realização de uma reforma, mas opina que os principais alvos devem ser os brasileiros que recebem mais, inclusive os militares.

10/01/2019 14:32

Em visita a Teresina para participar da posse da nova diretoria da Associação Piauiense de Municípios (APPM), o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi, defendeu a realização de uma reforma da Previdência Social que foque, principalmente, em acabar com as mega-aposentadorias. 

"A votação da reforma da Previdência é importante. O Brasil precisa dela, e nós precisamos compreender isso. E quando eu falo em reforma da Previdência eu não estou falando das pessoas que recebem um salário mínimo, dois salários. Eu estou falando das grandes aposentadorias, de dezenas de milhares de reais. O país não suporta mais isso. Então, a reforma da Previdência é muito importante para a União, para os estados e para os municípios. Mas ela também é importante para as futuras gerações que vão pagar essa conta", afirma Glademir Aroldi.

O presidente da CNM, Glademir Aroldi, e o presidente da APPM, Jonas Moura (Foto: Cícero Portela / O DIA)

O líder municipalista defende que os militares das Forças Armadas também sejam incluídos na reforma, e ressalta que esta categoria é responsável por parte significativa do déficit bilionário da Previdência Social. 

"Quem tem mais tem que pagar mais. Os militares não podem ficar de fora da reforma da Previdência. Todo mundo tem que fazer um esforço, inclusive os militares. A gente tem que ser fiscal desse processo, a gente tem que ajudar nesse processo. Não é o presidente Bolsonaro, é o Brasil que está precisando dessa reforma", opina Aroldi.

Num discurso uníssono com o de Jonas Moura, o presidente da CNM também defendeu a realização de uma reforma tributária que estabeleça uma maior participação dos municípios no "bolo tributário" do país. "Isso significa melhor educação, melhor saúde e melhor assistência social", afirma.

Glademir Aroldi informou que a diretoria da CNM terá a primeira reunião com representantes do governo Bolsonaro na próxima semana, quando as duas partes poderão, segundo ele, avaliar em que pontos possuem posições convergentes e em que questões divergem. 

"Nós vamos ouvir do governo qual sua intenção efetivamente, vamos jogar nossas propostas na mesa para discussão, e começaremos a encaminhar aquilo que a gente vai debater na Marcha dos Prefeitos, de 8 a 11 de abril", afirmou o presidente da CNM.


Wellington promete maior proximidade com os municípios em seu novo governo

Também presente na posse da diretoria da APPM, o governador Wellington Dias (PT) disse que, em seu quarto mandato à frente do Palácio de Karnak, trabalhará por uma maior aproximação entre o Governo do Estado e os municípios piauienses.

Wellington enumerou algumas prioridades que devem pautar essa parceria com os municípios. Citou, por exemplo, a redução da mortalidade infantil e de gestantes, e a expansão da rede de saneamento básico e de abastecimento d'água.

"Nós trabalhamos nos últimos anos com foco na mobilidade urbana, e vamos prosseguir. Mas o foco será nessa área voltada para a expectativa de vida, especialmente na saúde e no abastecimento com água potável", afirmou o governador.

O governador Wellington Dias, na posse da nova diretoria da APPM (Foto: Assis Fernandes / O DIA)

Sobre a reforma administrativa em seu governo, o petista disse que é preciso realizar uma revisão de todos os salários, pensões e aposentadorias que são pagos pelo estado.

"Decidimos trabalhar para que haja não apenas um controle, mas também uma revisão de algumas despesas. Revisão de aposentadorias, de pensões e da própria folha de pagamento. Precisamos garantir a recuperação de créditos, a ampliação de receitas, paralelo à redução de despesas. Com isso, queremos permanecer em 2019 com capacidade de investimento. O estado precisa ter, cada vez mais, uma independência em relação à União", afirmou Wellington.

Por: Cícero Portela
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