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PP fecha questão e deputados vão votar contra denúncia da PGR

Para o partido, não há provas consistentes que comprovem o envolvimento do Presidente com a bolsa de dinheiro carregada pelo deputado Rocha Loures (PMDB).

13/07/2017 07:40

A bancada do Partido Progressista (PP) na Câmara dos Deputados fechou questão para votar contrária à admissibilidade da denúncia que a Procuradoria Geral da União (PGR) apresentou contra Michel Temer (PMDB). Para o partido, não há provas consistentes que comprovem o envolvimento do Presidente com a bolsa de dinheiro carregada pelo deputado Rocha Loures (PMDB). 

A votação vai ocorrer primeiramente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na próxima sexta-feira (14) e, segundo o deputado Mainha (PP), o partido só mudará o voto se a Procuradoria apresentar alguma evidência do cometimento de crime por parte de Michel Temer. Para o deputado piauiense, o órgão se precipitou ao oferecer a denúncia. 

Deputado Mainha (PP) diz que, na avaliação do partido, não há provas contra o presidente Temer (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)

“Analisamos que não há provas, não conversas do Presidente com relação ao dinheiro, com relação à mala que Loures carregava. Tinha que ser investigado o destino daquela mala, para onde foi o dinheiro, mas, de maneira rápida, se fez a denúncia. Tivemos o afastamento de uma presidente, agora querem tirar o Michel [...] as consequências disso não são razoáveis”, afirmou Mainha. 

De acordo com o deputado, o voto do relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ) também não apresentou indícios de corrupção passiva cometidos por Temer. “Ele disse no voto que há dubiedade na atitude do presidente, mas, na dúvida, todo mundo é inocente. Só é condenado quando há provas”, pontuou. 

Mainha afirmou que o processo não passa no plenário da Casa, pois, segundo o parlamentar, muitos dos deputados são advogados e possuem conhecimento sobre a constituição. “Vão usar o princípio constitucional, não vão votar por bom senso. Dos deputados do Piauí, por exemplo, apenas três votam a favor da denúncia: Assis Carvalho, por razões óbvias; Rodrigo Martins, que mudou de voto; e ouvi dizer que Silas Freire também votará a favor”, finalizou. 

“Câmara não tem condição moral”, diz Silas Freire sobre votação de processo contra Temer 

Em levantamentos divulgados anteriormente, Silas preferiu não anunciar como se posicionaria diante da denúncia contra Temer, mas, na última terça-feira (11), ele declarou que vai votar a favor do andamento do processo. Agora, dos 10 deputados federais do Estado, três votarão favoráveis. 

Silas justificou o voto afirmando que Temer deve ser julgado pelo órgão competente. “A Câmara vai apenas liberar para o fórum apropriado. Com tantos envolvimentos em escândalos, eu acho que a Câmara não tem condição moral de fazer qualquer julgamento. O julgamento tem que ser feito pela Justiça, como é feito com qualquer cidadão comum”, explicou. 

Silas é suplente da deputada Rejane Dias, Secretária de Educação do Estado. O presidente do PT, deputado Assis Carvalho, afirmou que tentaria convencê-la a reassumir a cadeira na Câmara para participar da votação e ajudar a aprovar a denúncia. Mas, no mesmo período, Rejane Dias deve realizar uma viagem oficial com o governador Wellington Dias (PT) ao Canadá e não irá participar da votação. 

Em pesquisas realizadas pela imprensa nacional, os deputados Átila Lira (PSB) e Mainha (PP) se manifestaram contra a denúncia; Herá- clito Fortes (PSB) e Iracema Portella (PP) não quiseram se pronunciar; Júlio César (PSD), e Paes Landim (PTB) disseram que não sabem como irão votar; e o deputado Marcelo Castro não respondeu ao questionamento.

Por: Ithyara Borges
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