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Poder econômico influencia resultado das eleições, afirma cientista político

Segundo o professor, existem muitos estudos que afirmam que quanto maior o orçamento e recursos gastos durante a campanha, maiores são as chances do candidato ser eleito.

11/10/2018 07:13

Uma das principais mudanças nas regras das eleições deste ano foi a proibição de financiamento de campanha por empresas. Com isso, a maior parte dos recursos utilizados no processo eleitoral vinha do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e Fundo Partidário, ou ainda do autofinanciamento dos candidatos, este último, determinante na eleição dos representantes políticos da população.

Para o cientista político e professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Murilo de Oliveira Junqueira, a partilha dos recursos provenientes dos fundos públicos acabam sendo feita de maneira não igualitária entre os candidatos dos partidos, logo, os que possuem maior patrimônio terminam levando maior vantagem na disputa, já que segundo ele, as condições de fazer campanha também se tornam desiguais.

“O candidato que é rico e tem mais condições de fazer essa autodoação, usar dinheiro do próprio patrimônio para financiar sua campanha (...) Acho que isso distorce o princípio básico das eleições, que é de eleger os melhores candidatos, porque você coloca um critério que não tem a ver com a competência técnica do político, que é o fato dele ser mais rico”, cometa o docente.

Segundo o professor, existem muitos estudos da ciência política que afirmam que quanto maior o orçamento e recursos gastos durante a campanha, maiores são as chances do candidato ser eleito.

“A principal luta dos parlamentares, é uma questão que afeta mais a eleição para o legislativo e relativamente menos para o executivo, a principal luta deles é serem conhecidos, porque ninguém vota em uma pessoa que não conhece (...) Com dinheiro você consegue comprar propaganda, publicidade e colocar seu nome para ser conhecido. Basicamente o que importa é que o dinheiro permite que o candidato seja conhecido”, finaliza Murilo.

Edição: João Magalhães
Por: Breno Cavalcante
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