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"Não há razões que justifiquem ação da Polícia Federal", afirma Ciro

PF cumpre mandados em endereços ligados ao senador piauiense. Investigações são de supostos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

22/02/2019 08:36

Atualizada às 09h17min

Por meio de nota encaminhada por sua assessoria, o senador Ciro Nogueira disse que não vê razões que justifiquem a ação e as diligências da Polícia Federal nos endereços ligados a ele, uma Não há rvez que sempre esteve à disposição para colaborar com as investigações. O senador piauiense acrescentou ainda que defende o esclarecimento dos fatos e vai comprovar a improcedência das acusações a ele atribuídas.

Veja a nota de Ciro Nogueira na íntegra:

Em relação às diligências realizadas pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (22) em endereços ligados a Ciro Nogueira, o senador afirma que não vê razões que justifiquem a ação, uma vez que sempre esteve à disposição para colaborar com as investigações.

Ciro Nogueira defende o rápido esclarecimento dos fatos, que, mais uma vez, irão comprovar a improcedência das acusações. 

Assessoria de Imprensa

Iniciada às08h36min

A Polícia Federal deflagrou nas primeiras horas desta sexta-feira (23) uma operação para investigar supostos de crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Um dos alvos dos mandados de busca e apreensão são endereços relacionados ao senador piauiense Ciro Nogueira (Progressistas) em Teresina. A ação foi autorizada pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Denominada de Compensação, a ação conta com cerca de 30 policiais que cumpriram sete mandados de busca em Teresina, Brasília (DF) e São Paulo. Foram emitidos também intimações para que os envolvidos prestem depoimentos. Além de residências, a PF faz buscas também em sedes de duas empresas ligadas ao senador piauiense.

O inquérito que embasa a Operação Compensação foi aberto em setembro do ano passado pelo STF, após decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF. Além de Ciro Nogueira, também são alvos da investigação o ex-ministro e atual prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), e os executivos da J&F Joesley Batista e Ricardo Saud.


O senador Ciro Nogueira é presidente nacional do Progressistas - Foto: Arquivo O Dia

Fachin atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que tem o objetivo de apurar suposto pagamento de propina ao senador, para que o partido apoiasse o PT em 2014 e em 2017, para que O PP não apoiasse o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Em nota, a Procuradoria Geral da República (PGR) informou que, segundo as investigações preliminares, parte da propina paga ao Progressistas foi viabilizada por meio de doações oficiais, e outra parte, no valor de R$ 5 milhões, foi paga em espécie por meio de uma pessoa ligada ao senador Ciro Nogueira. No total, teriam sido pagos R$ 42 milhões em propina, de acordo com o pedido de investigação feito por Raquel Dodge ao Supremo.

O que já disse o senador

Em ações anteriores da Polícia Federal, o senador Ciro Nogueira reafirmou que as acusações contra ele são infundadas, motivos pelos quais não se sustentam. Disse também que confia na Justiça para esclarecer todos os fatos.

A reportagem de O Dia entrou em contato com a assessoria do parlamentar piauiense para saber seu posicionamento a respeito das ações de hoje (23) da Polícia Federal. A assessoria de Ciro disse que está apurando sobre do que se trata a ação e que encaminhará nota quando tiver o posicionamento do senador.

Por: Maria Clara Estrêla, com informações do G1 e Estadão
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