A criação de uma federação entre PT, PV, PC do B e PSB deve
mudar o futuro político da deputada estadual Teresa Britto (PV). Ferrenha
opositora do governador Wellington Dias, a parlamentar ficaria ao lado dos
rivais políticos na nova composição. Para a cúpula do Partido dos Trabalhadores
é completamente inviável qualquer proximidade com Teresa, em Brasília
articuladores dos dois partidos trabalham a troca do comando do PV no Piauí,
presidido justamente por Teresa Britto.
Na última terça (21) o Partido Verde (PV) anunciou que vai apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. A sigla também aprovou a criação da uma federação partidária com PT, PSB e PCdoB.A decisão foi tomada em reunião com presidentes estaduais da legenda. Segundo José Luiz Penna, presidente do PV, Lula tem sinalizado para a formação de uma frente democrática para "derrotar o autoritarismo" do presidente Jair Bolsonaro (PL), o que torna o partido "francamente favorável" a um apoio ao petista.
Um dos líderes do diretório estadual do PT no
Piauí, o vereador Dudu (PT), foi veemente contra a chegada de Teresa Brito e explicou
o motivo da rejeição. “Eu avalio que não tem essa possibilidade, a deputada
Teresa Britto terá a sensibilidade, caso aconteça a federação, de migrar para
outro partido. Diferentemente do PL que era da base de sustentação, eu já dizia
que era impossível o PL ter duas caras no Piauí e no Brasil. A mesma coisa do
PV. É impossível a deputada continuar no PV se ele estará na base de
sustentação do PT, até por que muita coisa precisa ser discutida”, criticou
Dudu.
Foto: Assis Fernandes/ODIA