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Nova CPMF: Wellington Dias aceita negociar criação do novo imposto

Ao site Poder360, o governador piauiense disse que a proposta deve ser discutida com outros pontos que garantam a retomada econômica

29/09/2020 08:53

Apesar de rechaçada por algumas lideranças parlamentares, a proposta de criação de um imposto nos mesmos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), elaborada pelo ministro da Economia Paulo Guedes, conta com o apoio do governador Wellington Dias (PT).

Foi o que admitiu o petista em entrevista ao Poder360, publicada nesta terça-feira (28). “Estamos abertos a dialogar sobre as diversas propostas alternativas, e se o governo apresentar como alternativa para política de emprego, será tratada sim como alternativa”, explicou.

Ao site, o governador piauiense disse que a “nova CPMF” deve, no entanto, ser discutida com outras propostas que garantam a retomada do crescimento econômico, como, por exemplo, a discussão sobre uma parceria entre União, Estados e municípios para vender aos bancos os débitos ainda não recebidos. 

Governador Wellington Dias (Foto: Elias Fontenele/ODIA)

Outro ponto é o estabelecimento de regras para portabilidade e securitização dos empréstimos tomados por estados e municípios, operação atualmente vedada pelo Comitê de Garantias do Tesouro. Outro ponto seria o uso de até U$ 60 bilhões das reservas cambiais como garantias de empréstimos ou para pagamento de financiamentos em moeda estrangeira. 


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Por fim, W.Dias ainda propõe a criação de um Fundo Imobiliário para regularizar terras dos três entes, possibilitando que essas propriedades passem a pagar impostos e garantam a captação de receitas, mas reconhece a dificuldade para o Governo Federal conseguir aprovar um novo imposto.

“Normalmente, na conjuntura brasileira, aprovar um novo tributo não é fácil. Eu fui parte do parlamento, sei disso (...) Se tiver por uma pactuação nesse caminho, quero trabalhar com o meu partido pela aprovação, estou pensando no Brasil”, argumentou o governador do Piauí.

A CPMF, que cobria gastos com projetos de saúde e tinha uma alíquota máxima foi de 0,38% sobre cada operação, foi extinto em 2007. Em 2015, a então presidente Dilma Rousseff (PT) chegou a propor a volta do tributo, o que não aconteceu.

Fonte: Poder360
Por: Breno Cavalcante
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