A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina está, a partir de hoje (26) sob nova gestão. O ex-secretário de Governo da Prefeitura, Charles da Silveira, assumiu nesta manhã a FMS e disse que o foco de sua gestão será melhorar o atendimento nas unidades básicas de saúde e no HUT, além de rediscutir com os demais municípios o co-financiamento do atendimento em Teresina a pacientes do interior.

Segundo o presidente da FMS, Teresina atende a uma quantidade considerável de pessoas vindas de cidades do interior e o Governo do Estado, junto com os próprios municípios, precisam colaborar mais diretamente com a administração da Capital nesse sentido.

^{Charles Silveira assumiu a Fundação Municipal de Saúde (Foto: Assis Fernandes/O Dia)}

“Nós precisamos rediscutir o processo de participação dos municípios que tem pacientes em atendimento em Teresina. Por exemplo, existe um município X que repassa à Prefeitura o valor equivalente a cinco cirurgias torácicas e, na realidade, são feitas 10. Teresina tem aí um prejuízo financeiro com os gastos efetivados e isso não pode acontecer”, disse Charles.

O presidente da FMS reconheceu que a Saúde em Teresina possui suas deficiências e declarou que é por este motivo que vai propor uma repactuação com as gestões do interior e trabalhar em uma proposta de redistribuição dos recursos de co-financiamento dos atendimentos. Para Charles da Silveira, está é a forma mais acertada de dar uma compensação à administração da Capital no setor.

Charles da Silveira assumiu a FMS no lugar de Silvio Mendes, que pediu exoneração do cargo no mês passado, alegando questões pessoais. O ex-gestor esteve hoje na posse de Charles e rebateu as críticas de que estaria virando as costas para a política e administração municipal. Mesmo tendo se filiado ao Progressistas e apoiado a campanha de Luciano Nunes (PSDB) ao Governo, Silvio garantiu não estar mais filiado a nenhum partido.

“Estou tirando um tempo para mim e para minha família, mas sem me afastar das funções de cidadão e sem deixar de me preocupar com a gestão pública e a política. Não estou virando as costas, pelo contrário. Estou tendo a oportunidade de observar todo esse cenário de forma mais atenta, porque quando a gente olha de fora, a gente observa melhor. Não guardo mágoas de nada nem de ninguém e acredito que política é isso, é renovação”, declarou.

^{Deixando a FMS, Silvio Mendes diz que não virou as costas para a política (Foto: Assis Fernandes/O Dia)}

Prefeito anuncia Raimundo Eugênio para Secretaria de Governo

Dentro da reforma administrativa conduzida pelo prefeito Firmino Filho no final deste ano, há outras mudanças significativas no quadro da Prefeitura de Teresina. O procurador Raimundo Eugênio vai assumir a Secretaria de Governo e Francisco Canindé, que atualmente ocupa a Secretaria de Administração, vai tomar  posse como secretário de Finanças no lugar de Manoel de Moura Neto. Canindé ressaltou que o foco de sua administração será melhorar a arrecadação do Município.

“Vou tentar manter o bom trabalho feito pelo secretário Manoel de Moura e, se possível melhorar alguns projetos. O que a gente espera é que tenhamos a ajuda do Governo Federal e que o presidente que assumir mantenha o pacto feito com os municípios e governos”, afirmou Canindé em solenidade na Prefeitura de Teresina.

Já Raimundo Eugênio comentou que “a Secretaria de Governo faz a ligação entre a administração pública municipal e as instituições da sociedade civil, assim como atende também as orientações do Chefe do Executivo. O fato de estar a um 30 anos na Procuradoria-Geral me entrega o conhecimento de todos os agentes do município. Nossa missão, a partir de agora, é levar a mensagem do prefeito tanto para a administração quanto à sociedade”, disse.

O prefeito Firmino Filho ainda não anunciou que irá assumir a Secretaria de Administração. O chefe do Executivo Municipal fez um convite a Luciano Nunes para tomar a frente da pasta, mas ainda não obteve resposta sobre a oferta. Luciano esteve presente na posse de Charles da Silveira, mas também não comentou o assunto.

Por: Maria Clara Estrêla, com informações de Breno Cavalcante