A mobilização de alguns prefeitos piauienses, que ocorreu na última segunda-feira (11), em prol da permanência de Margarete Coelho (PP) no cargo de vice-governadora repercutiu entre lideranças políticas do estado. Ao O DIA, o deputado João Mádison (MDB) reconheceu o movimento, mas disse que o apoio desses gestores não influencia de forma significativa no pleito.
O parlamentar, que compõe as fileiras do partido que disputa a vaga com Margarete, lembrou que em anos anteriores governadores, inclusive Wellington Dias (PT), já foram eleitos com o apoio de poucos prefeitos. Para João Mádison, “não é só prefeito que tem voto”.
Madison lembra que Mão Santa em 1994 e Wellington Dias em 2002 venceram sem apoio de prefeitos (Foto: Assis Fernandes/O Dia)
“Acredito que 80% dos prefeitos que estiveram lá são do PP. Eles têm direito de organizarem o ato a favor do partido, mas é bom que dizer que esse filme eu já vi muitas vezes. Hoje, se fizermos pesquisas, têm prefeitos que não estão bem e a oposição está melhor. Wellington já ganhou com quatro prefeitos. Eu vi na época do Mão Santa que ganhou com três. Isso não quer dizer nada. Para o Executivo, isso não tem influência”, explicou o deputado.
João Mádison comentou as acusações de que deputados da base ligaram para os gestores, que confirmaram presença no encontro, na tentativa de esvaziar o encontro do PP. De acordo com o prefeito de Porto, Dó Bacelar (PP), que organizou o ato, o objetivo não era de atacar Themístocles Filho (MDB), apenas defender a permanência da vice-governadora no cargo.
“Eu tenho alguns prefeitos do PP que votam em mim, mas eu não liguei para eles. O MDB não fez isso. Talvez uns prefeitos vieram para o encontro, outros não. Isso é normal. Alguns votam em mim porque acreditam no meu trabalho”, pontuou João Mádison.
Por: Ithyara Borges - Jornal O Dia