Participaram, entre outros, Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente e pré-candidata à Presidência em 2018, e o deputado Ricardo Tripoli (SP), líder na Câmara da bancada do PSDB, que é o principal partido aliado do Governo Temer.
Tripoli, que é ligado às questões ambientais, disse em seu discurso ter sido o responsável por solicitar formalmente a Temer a suspensão do decreto presidencial que extingue a Renca (Reserva Nacional do Cobre e Associados), na Amazônia.
Em sua fala, Marina afirmou que o país passa "por um momento difícil", devido a "vários retrocessos ocorridos depois de tantos anos de lutas e avanços".
O ato teve como mote o decreto de Temer que extinguiu a Renca com a finalidade de permitir a exploração dos recursos minerais existentes na reserva, localizada na divisa entre o Sul e Sudoeste do Amapá com o Noroeste do Pará.
Marina, porta-voz da Rede Sustentabilidade, falou sobre a ameaça à preservação da Amazônia
Na segunda (28), Temer voltou atrás e decidiu publicar novo texto mais detalhado sobre o tema com proibição -"exceto se previsto no plano de manejo"- a exploração mineral nas áreas onde houver "sobreposição parcial com unidades de conservação da natureza ou com terras indígenas demarcadas".
Deputados do PT, Rede, PSOL, PPS, PSB, PV, entre outros, exigem a revogação imediata desse novo decreto.
Desde que assumiu o governo, Temer tem privilegiado claramente interesses da bancada ruralista, que é numerosa no Congresso. Entre outros pontos, editou uma medida provisória com amplas regras de regularização fundiária e chegou a nomear para o Ministério da Justiça -órgão ao qual está vinculada a Funai — um integrante dos ruralistas, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
O deputado Alessandro Molon também falou durante ato na Câmara
Fonte: FolhapressPor: Ranier Bragon