Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Marina defende policiais valorizados e critica 'justiça com as próprias mãos'

Ex-ministra do Meio Ambiente aparece na liderança na última pesquisa Datafolha, tecnicamente empatada com o deputado federal Jair Bolsonaro.

21/05/2018 16:13

A ex-senadora Marina Silva (Rede) será a entrevistada do programa Band Eleições na madrugada de terça-feira (22).

Neste fim de semana a ex-ministra do Meio Ambiente participou de um evento em Roraima, onde afirmou que o povo terá, em outubro deste ano, uma nova oportunidade de "demitir" os políticos corruptos do país, que traíram a confiança dos que votaram neles nas eleições passadas. 

Marina Silva participou de um evento em Roraima neste fim de semana, com a presença de comunidades indígenas (Foto: Divulgação)

"Neste ano o povo brasileiro poderá, com o apertar da tecla no dia da eleição, demitir todos aqueles que usurparam a sua confiança, roubaram seu dinheiro e sua esperança. O Brasil não precisa de mais corrupção, mais ódio, mais separação e mais violência", afirmou a pré-candidata à Presidência da República.

A ex-ministra do Meio Ambiente também criticou a liberação indiscriminada do porte de armas para a população, uma das bandeiras defendidas pelo principal adversário, Jair Bolsonaro, com quem ela aparece tecnicamente empatada na liderança, conforme a última pesquisa de intenções de voto realizada pelo Instituto Datafolha. 

Marina ressalta que a legislação brasileira já prevê a possibilidade de se ter o porte de arma, e as regras que devem ser seguidas para consegui-lo, mas observa que o poder público não pode incentivar o armamento de toda a sociedade, sob pena de estar estimulando um Estado de barbárie, em que tudo se resolve pela "lei de talião" - olho por olho, dente por dente.

"Não se vai resolver o problema da segurança distribuindo armas para a população. Isso é uma insanidade [...] As pesquisas mostram que numa casa onde tem uma arma o risco de acontecer uma tragédia é incomparavelmente maior. O porte de armas legal, isso já é permitido por lei. Mas a segurança é um problema do Estado. Pra isso é preciso ter um Plano Nacional de Segurança que trabalhe com a integração das polícias, que trabalhe com inteligência, onde você faça todo um trabalho de investigação usando tecnologia pra poder fazer uma abordagem efetiva no tráfico de drogas, no tráfico de armas. Não vai ser armando a população, pelo amor de Deus. Ninguém vai fazer justiça com as próprias mãos, certo?", afirmou Marina.

Ex-ministra defende valorização das polícias

A pré-candidata à Presidência da República também enfatizou que as polícias precisam ser valorizadas, tanto no aspecto financeiro quanto no aspecto simbólico.

"Nós vamos ter que treinar adequadamente os nossos policiais. Vamos ter que valorizá-los economicamente e simbolicamente, e nós vamos ter que entender que segurança não é apenas uma questão de polícia [...] O comando criminoso parte de dentro dos presídios. Isso tem que acabar! São políticas firmes, aonde você não permite que o celular fique dentro da cadeia", pontua a ex-senadora.

Marina Silva ao lado de policiais durante evento em Roraima (Foto: Divulgação)

Marina também observa que o poder público precisa dar todo o suporte necessário às crianças, adolescentes e jovens mais humildes, para que eles não sejam cooptados pela criminalidade, o que, segundo ela, é um dos grandes problemas que levam ao crescimento da violência no país.

"Se você não levar alternativas para as comunidades pobres, você vai ficar enxugando gelo. Que futuro tem um jovem que não tem acesso á saúde, à educação, não tem possibilidade de emprego? Quem está disputando é o tráfico, é a violência! Então, o Estado tem que se apresentar nas comunidades não é só com a polícia, é com a justiça, com a justiça econômica, com a justiça social, com a educação de qualidade, com saneamento", acrescenta Marina.

Acompanhe um trecho da entrevista de Marina:


Fonte: Da Redação
Mais sobre: