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Maia diz que elaboração de nova Constituição foi repudiada

Declaração do presidente da Câmara Federal pode ser entendido como um recado ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e ao PT, que previam a convocação de uma nova Assembleia Constituinte em seus programas de governo.

06/11/2018 11:29

Em sessão de comemoração dos 30 anos da Constituição, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deu um recado ao presidente eleito Jair Bolsonaro, presente na solenidade oficial, e ao PT.

Em discurso, ele lembrou que, durante a campanha eleitoral, candidaturas propuseram a elaboração de um novo texto constitucional, mas que a ideia foi repudiada pela opinião pública e que a sociedade não se deixou seduzir por uma solução fácil.

O deputado Rodrigo Maia (Foto: Cleia Viana / Câmara dos Deputados)

No processo eleitoral, o vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, defendeu que o país fizesse uma nova Constituição mais enxuta, sem necessariamente passar por uma Assembleia Constituinte.

Com a repercussão negativa, a proposta foi posteriormente desautorizada por Bolsonaro.

"Não é trivial que propostas assim tenham sido repudiadas pela opinião publica. Em um contexto de polarização, houve quem pensasse que as pessoas poderiam se deixar seduzir por um discurso de que basta trocar a Constituição para resolver os nossos problemas", disse.

Segundo ele, a sociedade brasileira reafirmou no processo eleitoral que tem na Constituição de 1988 "a sua bússola".

Maia disse ainda que não é porque a Constituição deve ser mantida que ela não precisa passar por reformas. Ele citou, por exemplo, a necessidade de alterações nas aposentadorias e uma simplificação tributária.

"É preciso controlar o déficit e construir um sistema previdenciário mais justo", disse.

O candidato derrotado à Presidência pelo PT, Fernando Haddad chegou a afirmar durante sua campanha presidencial que trabalharia para criar as condições de redigir uma nova Constituição. Haddad recuou da proposta, que estava prevista em seu plano de governo.

Fonte: Folhapress
Por: Gustavo Uribe e Ranier Bragon
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