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Lava-Jato pode chegar ao Piauí devido a obra dos Tabuleiros Litorâneos

Nomes de piauienses já apareceram em diversas ocasiões no decorrer dos três anos da Operação Lava-Jato, seja nas delações premiadas ou nas listas de doações de empreiteiras

31/12/2016 15:57

O Piauí e outros estados poderão ser alvo da Operação Laja-Jato no ano de 2017, devido às suspeitas sobre obras e desvios de dinheiro público que surgiram após as delações premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht. Além disso, em documentos apreendidos na 35.ª fase da Lava Jato, a Omertà, os investigadores encontraram e-mails e pedidos de pagamento via Setor de Operações Estruturadas, batizado como "departamento de propinas". 

Todo o material está relacionado a 27 projetos espalhados em 11 Estados. No Piauí, a suspeita de irregularidades seria em relação às obras do Perímetro Irrigado Tabuleiros Litorâneos. Os próximos alvos, além do Piauí, seriam Bahia, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Ceará e Espírito Santo. 

As operações "filhotes" da Lava Jato já foram deflagradas em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Rondônia e no Distrito Federal, após o desmembramento do processo imposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e o compartilhamento de informações com o Ministério Público de outros Estados.

As informações foram publicadas hoje (31) em uma matéria no Jornal O Estado de São Paulo.

Piauienses na Lava-Jato

Nomes de piauienses já apareceram em diversas ocasiões no decorrer dos três anos da Operação Lava-Jato, seja nas delações premiadas ou nas listas de doações de empreiteiras. As suspeitas de envolvimento no esquema já recaíram sobre o governador Wellington Dias (PT), o prefeito Firmino Filho (PSDB), o senador Ciro Nogueira (PP) e o deputado federal Heráclito Fortes (DEM). 

Ciro Nogueira, que também é presidente nacional do PP, foi denunciado pela Procuradoria Geral da República ao Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.

Recentemente, o ex-vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, citou, além de Ciro Nogueira (PP) e Heráclito Fortes (PSB), o deputado federal Paes Landim (PTB), revelando os apelidos deles. “Cerrado”, “Pequi” ou “Helicóptero” era referente ao senador, Boca Mole era o apelido de Heráclito e Decrépito o do Paes Landim.

Em março, na 26ª fase da operação, batizada de Xepa, a Lava Jato cumpriu mandado no Piauí. O empresário Lourival Ferreira Nery Junior foi ouvido pela Polícia Federal e depois liberado.

Fonte: O Estado de São Paulo
Por: Nayara Felizardo
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