O prefeito de Floriano, Joel Rodrigues, rebateu acusações de
lideranças ligadas ao Partido dos Trabalhadores que criticaram a sua decisão de
se lançar candidato ao senado contra o próprio governador Wellington Dias. Nos
bastidores alguns membros do PT chegaram a chamar o prefeito de “traidor” por
ter recebido amplo apoio do partido e do deputado Francisco Costa (PT) nas
eleições municipais do último ano. Joel é hoje o nome mais forte na disputa pela
vaga ao senado em 2022 dentro da chapa oposicionista.
Em entrevista Joel rebateu as críticas e lembrou que também foi responsável direto pela vitória de Francisco Costa em 2018, porém confirmou que os caminhos agora seguem rumos opostos.
“Demos um apoio importante na eleição ao deputado Francisco Costa, foram quase dez mil votos em Floriano, ajudamos em outras bases como Itaueiras por exemplo e outros municípios. Estávamos em uma missão de trabalhar pela cidade, o deputado foi eleito, como o governador foi, nós o apoiamos e era o nosso partido que estava na base. A gente respeita o posicionamento de cada um, foi uma relação tranquila, agora o nosso partido tomou uma decisão, o nosso partido nos fez um chamado, não é nada impossível, temos coragem para enfrentar o governador Wellington Dias. Vamos tentar manter uma boa relação com o deputado Francisco, mas politicamente vamos manter caminhos separados”, concluiu o gestor.
Joel ainda revelou que não se intimidará com o favoritismo de Wellington Dias na disputa. O prefeito enfrenta uma série de dificuldades, além do próprio governador que é forte candidato na disputa, Joel enfrentará a fraca popularidade no restante do estado e a forte máquina do governo.
“Primeiro a gente tem que acreditar em um Piauí melhor
para as pessoas, isso se faz com a missão de servir. Quem se apega a missão de
servir, de cuidar das pessoas, e tendo uma caminhada na minha cidade como
prefeito e deputado estadual me credencia a buscar novas oportunidades não só
em Floriano, mas também em todo o Piauí. Não devemos ter apego, estamos nos
apegando a caminhada e a missão de servir. O que me motiva é vontade de ajudar
o estado. Já tivemos momentos que muitos não acreditavam, como o Mão Santa em
1994, o próprio Wellington em 2002, quem acreditava que ele venceria? É preciso
ter coragem, ter fé, para uma construção. Tenho disposição para apresentar uma
alternativa”, revelou o prefeito de Floriano.
FOTO: Assis Fernandes/ODIA