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Índice de produtividade dos magistrados do TJ-PI é o segundo pior do país

Para o presidente do Tribunal de Justiça, Sebastião Martins, o problema é no cálculo estatístico, que considera a relação entre o volume de casos e o número de magistrados que atuaram no ano.

02/09/2019 06:44

O Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) teve o segundo pior Índice de Produtividade de Magistrados (IPM) entre todos os Tribunais de Justiça do país em 2018, 917, à frente apenas da Paraíba (TJ-PB), que obteve 828, é o que revela dados de um estudo realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Para o presidente do TJ-PI, desembargador Sebastião Martins, o baixo desempenho é causado por um problema na maneira como o dado estatístico é calculado. “A produtividade média caiu, mas por quê? Se temos 100 magistrados e Tribunal nomeia mais 30 no final do ano, eles consideram como se fosse o ano todo, ou seja, aumenta o julgamento numérico mas a média cai”, argumentou.


"O baixo desempenho é causado por um problema na maneira como o dado estatístico é calculado" - Foto: Assis Fernandes/O Dia

Acontece que o Tribunal também registrou um pequeno Índice de Produtividade dos Servidores (IPS-Jud) no levantamento do CNJ, o quarto menor em todo o Brasil. Martins reconhece a performance frustrada, mas destaca que desde 2009, quando o Justiça em Números foi criado, a Corte tem avançado, principalmente no que diz respeito ao Processo Judicial Eletrônico. “Somos um Tribunal de pequeno porte, precisamos de mais recursos para investirmos em tecnologia e avançarmos cada vez mais”, pontuou.

O cálculo estatístico considera a relação entre o volume de casos baixados e o número de magistrados que atuaram durante o ano na jurisdição. A carga de trabalho indica o número de procedimentos pendentes e resolvidos no ano, incluindo não somente os processos principais, como também os recursos internos e os incidentes em execução julgados e em trâmite.

Por: Breno Cavalcante - Jornal O Dia
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