O Governo do Estado vai retomar as obras de duplicação das BRs 343 e 316 com recursos próprios e depois terá reembolso junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Dnit. A informação foi repassada por Sebastião Ribeiro Braga, superintendente do Dnit no Piauí. Segundo ele, a estratégia montada tem o objetivo de agilizar a retomada das obras.

“O desejo do governador Wellington Dias é que o Estado gaste apenas 15% do valor total da obra, orçado em R$ 100 milhões, ficando a outra parte dos investimentos para a União. No entanto, para isso, precisamos mudar o contrato, o que pela nossa experiência, levaria muito tempo. A solução encontrada foi, então, o governador conversar com a presidente Dilma sobre isso, o que já ocorreu”, informou Braga.

As obras da BR-316 serão retomadas

Assim, o Governo do Estado vai retomar a duplicação e depois ser reembolsado pelo que o estado gastou acima dos 15% do valor total das obras.

A duplicação das duas estradas federais com recursos do Piauí foi uma decisão do ex-governador Wilson Martins (PSB). No entanto, pela falta de recursos, a obra foi paralisada. Como ODIA já noticiou, o Governo do Estado já gastou R$ 9,3 milhões com as duas obras. Na BR 343, que liga Teresina ao litoral, o Governo já chegou a pagar R$ 4,2 milhões, quase 15% do valor total, orçado em R$ 30 milhões. Já na BR 316, o Governo já gastou R$ 5,1 milhões, o correspondente a 8% da obra, orçada em R$ 70 milhões.

Sebastião Ribeiro Martins afirmou que as obras serão retomadas

Sebastião Ribeiro Braga explicou ainda que a medida foi tomada em reunião com Wellington Dias. Segundo ele, caso o Governo Federal fosse retomar as obras, seria obrigado a mudança no atual contrato. Porém, como o orçamento do Dnit para este ano já foi fechado, seria necessário que, através de um Projeto de Lei da Presidência da República, alterar a proposta orçamentária do órgão para assim, incluí-la no PAC 3. Isso demoraria muito tempo.

“Como estamos no período de chuvas, e lá para novembro deve começar de novo (as chuvas), seria muito arriscado esperar por isso para recomeçar as obras. Boa parte da terraplanagem já vem sofrendo, então tomamos essa medida para evitar mais prejuízos”, finalizou Braga.

Por: João Magalhães - Jornal O Dia