Frente ao cenário de desajustes das contas públicas, o governador Wellington Dias (PT) afirmou, à imprensa nacional, que a proposta de reforma da Previdência atualmente em discussão na Câmara Federal não atende as demandas e não reduz as dívidas dos estados. Ele defendeu alterações no texto capazes de dar mais fôlego aos estados.
Frente ao cenário de desajustes das contas públicas, o governador Wellington Dias (PT) afirmou, à imprensa nacional, que a proposta de reforma da Previdência atualmente em discussão na Câmara Federal não atende as demandas e não reduz as dívidas dos estados. Ele defendeu alterações no texto capazes de dar mais fôlego aos estados.
“Não tem sentido aprovarmos uma reforma e sairmos dela com déficit, não termos condições de sustentabilidade de aposentados e pensionistas. Apresentamos a necessidade de ter um casamento de algumas receitas novas que estão sob poder de decisão aqui do Congresso”, disse o governador.
Governador Wellington afirma que não tem sentido aprovar uma reforma e saírem dela com déficit - Foto: Assis Fernandes/O Dia
A inclusão dos estados, além de municípios, ainda é negociada no Congresso Nacional, no entanto, Dias considera a necessidade de um maior diálogo com a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, para que essas questões sejam discutidas e superadas. “Para nós não faz diferença estar dentro ou fora da reforma se não é uma reforma que dá solução ao déficit da Previdência”, acrescentou.
As declarações foram dadas após uma reunião com o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que contou com a participação de outros governadores do Nordeste, que manifestaram o desejo da aprovação de projetos capazes de aumentar o repasse de recursos aos estados, como a repactuação federativa, com o objetivo de cobrir suas dívidas previdenciárias.
Estados só irão contribuir para aprovação da reforma com uma solução para o déficit, declara governador
Em meio às negociações para inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência, o governador Wellington Dias (PT), em entrevista a veículos da imprensa nacional, declarou que os estados só devem colaborar para a aprovação do projeto caso o Congresso facilite o repasse de recursos para suprir o déficit das previdências estaduais.
"Para os estados só faz sentido participar e contribuir para aprovação da reforma, de um lado retirando os temas que mexiam com os mais pobres e, também, que a gente tenha uma proposta que seja capaz de dar solução para o déficit da previdência", enfatizou o petista.
Dias havia declarado, anteriormente, que o Piauí poderia contribuir com até nove votos na aprovação da matéria na Câmara Federal, onde a mesma ainda tramita, agora cobra, dentre outras coisas, a aprovação de projetos como a partilha do fundo social e securitização da dívida, para contornar o problema com as contas públicas dos estados.
“Precisamos de uma definição. Não tem sentido aprovarmos uma reforma se nós saímos dela com déficit. A estimativa é de redução de apenas 10% do déficit. Isso não resolve, precisamos de um entendimento sobre isso”, argumentou o governador piauiense.
A previsão é que na próxima terça-feira (2) seja construído um cronograma que estipule uma sintonia para a votação da proposta relacionada à Previdência e das propostas para criação de novas receitas que dêem sustentabilidade e equilibre o déficit previdenciário nos estados.
Por: Breno Cavalcante - Jornal O Dia