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Em contraponto a PT, Ciro articula frente de oposição a Bolsonaro

A ideia é formar uma frente parlamentar com integrantes de partidos como PSB, PSDB, PPS e DEM que não pretendem aderir à base aliada do capitão reformado.

31/10/2018 21:09

Terceiro colocado na disputa presidencial, Ciro Gomes articula a formação de um movimento que seja um contraponto à frente de esquerda, mas que também faça oposição ao presidente eleito Jair Bolsonaro no Congresso.

A ideia é formar uma frente parlamentar com integrantes de partidos como PSB, PSDB, PPS e DEM que não pretendem aderir à base aliada do capitão reformado e que têm resistência ao grupo liderado por siglas como PT e PC do B.

Pelos cálculos de Ciro, Bolsonaro deve contar com o apoio de cerca de 175 deputados federais da próxima legislatura. O campo oposicionista formado por partidos de esquerda soma em torno de 90. A estratégia é tentar elevar para pelo menos 120.

"O objetivo é ampliar a centro-esquerda. Eu imagino que o PSDB não vai querer se associar ao PT e, pelo menos a parte mais sadia da sigla, não vai querer se associar ao Bolsonaro. E por antipetismo vamos ficar longe deles?", disse Ciro à Folha de S.Paulo.

O pedetista não exclui a participação de petistas no movimento, mas critica a formação de uma frente de esquerda articulada pelo partido. Segundo ele, ela seria uma "mentira da burocracia petista" para enganar "abestados".

"Francamente, não excluo o PT. Apenas não podemos permitir que o PT venha exercitar a sua fraude em cima desse momento tão crítico do país", disse.

Além de fazer oposição ao governo, a ideia é que o movimento funcione como uma "guarda da institucionalidade democrática", protegendo o interesse nacional e os direitos das classes mais pobres.

"O deputado federal Onyx Lorenzoni [ministro da Casa Civil de Bolsonaro] é do DEM. O que vai acontecer com o DEM? Vamos entregar de barato ou temos uma conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia?", questionou.

A ideia é que, na próxima semana, Ciro visite Brasília para intensificar conversas. Os partidos do chamado centrão, como PP e PSD, também devem ser procurados.

Nesta terça (30), o juiz federal Sergio Moro disse estar honrado com eventual convite de Bolsonaro para integrar a sua administração. Para Ciro, é melhor que Moro seja indicado para o Ministério da Justiça do que ao Supremo Tribunal Federal: "A aptidão dele para a política é completa. Só que com a toga vira aberração".

Fonte: Folhapress
Por: Gustavo Uribe
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