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Doria descarta disputar prévias com Alckmin em 2018

Prefeito diz que é amigo de governador há 37 anos e torce por ele

21/07/2017 14:21

Prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) afirmou que não há possibilidade de disputar prévias contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para definir quem será o candidato tucano à Presidência em 2018. As declarações — as mais diretas de Doria até hoje sobre o tema — foram dadas durante um programa semanal do prefeito em rede social, chamado “Olho no Olho”, que ontem contou com a jornalista Vera Magalhães, e depois repetidas ao GLOBO nesta sexta-feira.

Foto: Alexandre Carvalho / A2img

— Prévias com o governador Geraldo Alckmin não disputarei, eu tenho lealdade e amizade. E em nome dos dois fatores, 37 anos de relacionamento (com Alckmin), e o aprendizado com o meu pai de ser leal e correto, me impedem sob qualquer hipótese de disputar prévias com o governador Geraldo Alckmin. Não há a menor possibilidade — disse Doria ao GLOBO após uma reunião com o ministro Raul Jungmann no Gabinete da Prefeitura de São Paulo para discutir novas ações no Campo de Marte.

Sobre diferentes posicionamentos de membros do PSDB em relação ao governo de Michel Temer, o prefeito de São Paulo sugeriu que o partido organize novas reuniões para discutir se deve ou não deixar o governo. Ele também defende a eleição de uma nova executiva nacional que conte com a presença de prefeitos eleitos recentemente e que “precisam ter voz ativa”.

— Sugeri construtivamente que pudessemos ter uma reunião sucedida de uma convenção do PSDB no próximo mês de agosto e que, ali na reunião, pudessemos avaliar posições mais atualizadas com relação à sustentabilidade do atual governo e, na sequência, no mesmo mês de agosto, a eleição de uma nova executiva nacional.

Doria, no entanto, evitou dizer que a sigla está dividida em relação ao governo federal.

— Acho que o PSDB tem posições de pessoas muito ilustres e é um partido muito democratizado em suas posições. É natural que as considerações de seus membros não sejam sempre coincidentes.

Durante o programa exibido em rede social, na noite de ontem, descartou deixar o PSDB e se filiar a outra sigla para se candidatar no ano que vem.

— Não farei isso. Eu sempre disse e vou manter minha posição sobre isso, mesmo que isso me prejudique. Eu sou de um único partido (...) Enquanto o partido mantiver seu programa e figuras ilustres, não tem a menor hipótese de eu sair do PSDB. Agora, numa situação de debacle absoluto, é uma outra história.

Ainda sobre a sigla, o tucano voltou a defender uma troca de comando no partido, mas negou que tenha “papel propulsor” dentro dele. Ele já havia defendido que Aécio Neves saísse da presidência da sigla.

— Coloquei com clareza que está na hora de mudar a direção do PSDB. Eu não desrespeito o senador Aécio Neves, reconheço sua biografia , mas entendo que não faz o menor sentido (tê-lo na presidência do partido) — declarou.

A situação de José Aníbal e Alberto Goldman também foi criticada durante o programa.

— O que faz ele (Aníbal)? Ele não tem mandato, não tem voto e está lá na executiva. Alberto Goldman, não tem voto, não tem mandato, não tem nada e está lá na executiva. Parlamentares jovens e prefeitos não têm voz na executiva. Tem que fazer eleição.

Doria vem sendo o crítico mais contundente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT, e voltou a fazer críticas nas declarações de ontem. Segundo o PT, o prefeito faz este tipo de declaração para firmar-se como possibilidade em 2018.

— São uma gente desqualificada — disse Doria, chamando Lula de “Luiz Inácio Mentiroso da Silva”.

Doria, no entanto, defendeu que Lula dispute eleição, alegando que prefere que ele “perca a eleição, porque será a única forma de não vitimizarmos” Lula.

Fonte: O Globo
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