Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Deputados e entidades discutem déficit do Mais Médicos no Piauí

Quadro é considerado preocupante, principalmente após a desistência dos selecionados no novo edital.

31/05/2019 09:01

A Comissão de Educação, Cultura e Saúde da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) realizou na manhã desta quinta (30), uma audiência pública para discutir a situação do Programa Mais Médicos nos municípios piauienses. Segundo Henrique Pires (MDB), propositor do encontro que reuniu entidades ligadas a área da Saúde, o quadro é preocupante, principalmente com a desistência dos selecionados no novo edital.

De acordo com o deputado, o problema foi agravado com a saída dos profissionais cubanos do programa. “A situação da saúde em vários municípios piauienses é gravíssima e a ausência de médicos de atendimentos básico faz muita falta. Tem pacientes sendo transferido para Teresina com problemas que poderiam ser resolvidos lá, por um médico de atenção básica”, disse o deputado.

Para o representante do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi), José Almeida, a única forma de atrair esses profissionais para as cidades do interior é com concurso público e estruturando as unidades de saúde e hospitais. “O médico que trabalha no interior tem que levar material próprio para atender os pacientes. A única forma de fixar um médico no interior é se tivermos um Plano de Cargos e Carreiras, como tem um juiz e um promotor”, disse.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

O representante do Conselho Regional de Medicina (CRM PI), Walace Miranda, ratificou a questão da falta de estrutura como um dos motivos para o grande índice de abandono no Mais Médicos. O problema é o médico sair de Teresina para atender e não ter estrutura, com os aparelhos quebrados, sem insumos para trabalhar, sem medicamentos, sem até lençol e comida. O médico é mais uma vítima, assim como os pacientes”, pontuou.

O coordenador de Atenção à Saúde da Secretaria de Saúde, Hérlon Guimarães, disse que o Programa Mais Médicos precisa ter um cadastro de reserva visando a substituição imediata dos profissionais que pedirem o seu desligamento do programa. Segundo ele, atualmente, ocorre uma demora de até 90 dias para que essa substituição seja efetivada, prejudicando o atendimento dos pacientes.

A audiência foi comandada pela presidente da comissão, deputada Teresa Britto (PV), e contou com a presença de outros parlamentares, como Cícero Magalhães (PT). Lucy (Progressistas) e Franzé Silva

Edição: João Magalhães
Por: Breno Cavalcante - Jornal O Dia
Mais sobre: