Líder da oposição na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), o deputado Gustavo Neiva (PSB) criticou a atuação Consórcio Nordeste. Em entrevista ao Jornal O Dia, o parlamentar afirmou que o grupo não apresentou nenhuma ação significativa aos estados que o integram e cobrou mais transparência de suas ações.
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“Não temos nenhuma informação sobre a composição, existência ou não de cargos remunerados. Não sabemos com quanto cada estado contribui, mensalmente ou anualmente, e quais são as reais ações implementadas em benefício dos estados. Para todos nós o Consórcio Nordeste é uma grande caixa preta”, disse o deputado.
Neiva avalia a iniciativa, que reúne os governadores da região para tomada de ações conjuntas, mais como um instrumento político e ideológico usado para fazer oposição ao Governo Federal que para um efetivo benefício aos estados. Ele questiona, por exemplo, as ações do grupo relacionadas ao combate da pandemia.
O líder oposicionista reclama das ações do grupo no combate a pandemia - Foto: Elias Fontinele/O Dia
Isso porque o grupo, que criou um Comitê Científico para monitoramento dos índices do novo coronavírus (Covid-19), comprou insumos e cerca de 300 respiradores artificiais usados no tratamento de casos graves doença, mas corre o risco de sofrer um calote de R$ 48,7 milhões do fornecedor contratado.
“O Piauí desembolsou, antecipadamente, quase R$ 5 milhões e até agora não recebeu nenhum dos equipamentos nem o recurso de volta”, disparou Neiva, que solicitou informações a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) a respeito desta negociação, mas afirma não ter sido atendido ainda.
Além de Gustavo Neiva, os deputados Henrique Pires (MDB) e Teresa Britto (PV), assinaram o requerimento de uma comissão formada por membros do legislativo do Nordeste, solicitando ao governador da Bahia, Rui Costa (PT), presidente do Consórcio, todas as documentações acerca desta compra e demais ações do grupo.
Por: Breno Cavalcante, do Jornal O Dia