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Delação premiada: ex-diretor da Petrobras denuncia políticos do PT, PMDB e PP

Cúpula do PT fica em estado de alerta com revelações de ex-diretor à Polícia Federal; temor é que escândalo possa acabar de vez com as chances de reeleição da presidenta Dilma.

05/09/2014 18:58

A cúpula do PT está em alerta com a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso em março na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O temor de integrantes da campanha de Dilma é que haja vazamento do conteúdo antes da eleição.

Com potencial explosivo, o assunto tem sido monitorado por alguns petistas. A informação é que Paulo Roberto tem prestado esclarecimentos há duas semanas. E que nesses depoimentos já citou nomes de executivos de grandes empresas e até mesmo de empreiteiros, além de políticos influentes do PP, PMDB e do próprio PT. A lista de denunciados inclui senadores, deputados federais, um ministro e até governadores. Conforme o depoimento de Paulo Roberto Costa, esses políticos receberiam propinas por cada um dos contratos firmados pela Petrobras.

A avaliação no PT é que o depoimento de Paulo Roberto Costa pode criar forte desgaste na campanha de Dilma Rousseff. A maior preocupação é que haja divulgação do depoimento com denúncias sobre a existência de caixa dois de campanha e do financiamento de políticos aliados.

No depoimento à PF, o ex-diretor já teria admitido que empreiteiras contratadas pela Petrobras tinham, obrigatoriamente, que contribuir para um caixa paralelo, cujos recursos eram destinados para agremiações partidárias e políticos de diferentes siglas da base aliada do governo Dilma Rousseff.

A delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa será encaminhada ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, para que seja homologada.

O ministro do STF não é obrigado a aceitar os termos da delação premiada negociada com Paulo Roberto, pelo juiz federal Sérgio Moro. Mas alguns advogados que acompanham o caso reconhecem que todo o processo foi muito bem conduzido pelo juiz Moro. Até mesmo o procurador geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Paraná um subprocurador para acompanhar o caso.

Paulo Roberto assumiu a diretoria de Abastecimento da Petrobras, ainda no primeiro governo Lula, por indicação do ex-líder do PP deputado José Janene (PR) , já falecido.  

Fonte: Com informações do G1 e da Folha de São Paulo
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