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Com ampla maioria, Câmara aprova instalação da CPI do transporte público

Ainda não há uma data definida para o início dos trabalhos, mas já foram escolhidos os membros da comissão. Confira.

05/05/2021 11:30

A Câmara Municipal aprovou em ampla maioria a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público de Teresina. Ao todo, 22 vereadores assinaram o requerimento protocolado na última segunda-feira (03) e se mostraram favoráveis à tomada de depoimentos e investigação a cerca dos termos do edital e dos contratos que regem o sistema de transporte coletivo da capital.

Ainda não foi definida uma data de início dos trabalhos, mas uma vez aprova a comissão, ela já está automaticamente instalada. Hoje (05), a Câmara definiu os nomes que irão compor a CPI. Como membros titulares constam os vereadores Edilberto Borges, o Dudu (PT), Bruno Vilarinho (PTB), Enzo Samuel (PDT), Luís André (PSL) e Aluísio Sampaio (Progressistas). Os vereadores Pollyana Rocha e Deolindo Moura são os suplentes.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

A presidência da CPI será ocupada pelo vereador Dudu, e a relatoria, pelo vereador Enzo Samuel. Para Dudu, a Comissão terá a oportunidades de desnudar todo o sistema de transporte público de Teresina desde o edital até a prestação do serviço. O parlamentar comentou a crise pela qual o setor vem passando.

“Por si só, no transporte público já caberia qualquer tipo de investigação, porque há uma celeuma. A população sendo penalizada, os trabalhadores sem receber e sendo usados como força para pressionar o poder público. Fizemos uma audiência, tentou-se uma negociação, ela sequer foi homologada e, no dia seguinte, tínhamos greve de novo. Queremos ver a fundo como está a situação e dar um encaminhamento”, disse o vereador.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

“Não tem interesse dos empresários em resolver”, diz líder do prefeito

O líder do prefeito na Câmara Municipal, vereador Renato Berger, também se mostrou favorável à instalação da CPI do transporte coletivo de Teresina e disse que sua formação trará um entendimento para um assunto que, segundo ele, não é fácil. O parlamentar fez críticas às empresas que operam o setor na capital e reiterou que a Prefeitura tem feito todos os esforços para encontrar uma solução para o impasse.

“Acho que o sistema deve estar falido e não tem interesse dos empresários em resolver. Mas concordo que tem que ser resolvido e cabe ao poder público encontrara uma solução”, disse Renato Berger. Ele elencou quatro alternativas que para a Prefeitura, seriam plausíveis para resolver ou ao menos amenizar a crise do transporte.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

“Ou continua com os empresários, desde que assim eles entendam da importância de uma negociação, ou procura junto ao Ministério Público do Trabalho uma ação para as empresas serem responsabilizadas pelo pagamento dos trabalhadores e eles possam voltar; ou a municipalização, que seria o último caso, porque demoraria muito; ou o rompimento do contrato com as empresas na justiça para que não tenha depois uma ação de procura de indenizações para, então, se fazer uma nova licitação”, disse Renato Berger.

Caso fosse aberta uma nova licitação para o transporte público de Teresina, a Prefeitura fala em firmar um contrato emergencial com algum agente ou empresa interessada enquanto aguardaria o rito legal de abertura de um processo licitatório.

Por: Com informações de Eliezer Rodrigues, da O Dia TV
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