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Ciro Nogueira: anulação das condenações de Lula consolida vitória de Bolsonaro

Em entrevista ao Jornal O Globo, o senador piauiense disse que o presidente rivaliza com o petista na identificação com o Nordeste e afirma que a região "œnão é de esquerda".

10/03/2021 10:14

Em recente entrevista ao Jornal O Globo, o senador piauiense Ciro Nogueira (Progressistas) fez sua avaliação a respeito da anulação pelo ministro Edson Fachin (STF) de todas as condenações do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato. A decisão do ministro tornou Lula elegível pela Lei da Ficha Limpa, o que levantou conjecturas a respeito de uma possível candidatura por parte dele na eleição para presidente do ano que vem.


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Ciro Nogueira afirmou que as anulações das sentenças pelo STF “consolida muito” a chance de vitória de Jair Bolsonaro nas urnas, e chegou a questionar a capacidade e a garra do ex-presidente depois de 20 anos. O senador destacou ainda que considera difícil os partidos do centro apoiarem o Partido dos Trabalhadores (PT) na próxima eleição.


Senador Ciro Nogueira - Foto: Assis Fernandes/O Dia

“Acho que até para a história do Lula, não é bom ele disputar essa eleição, porque ele sempre passou, principalmente externamente, a imagem de uma pessoa imbatível aqui no Brasil. E a chance de vitória dele é muito pequena. Mas ele vai fatalmente sucumbir a esse desejo do PT de ter uma bandeira, de ter um candidato viável”, disse Ciro na entrevista a O Globo.

Para o senador piauiense, o Lula de hoje não é mais o Lula de 20 anos atrás. Sobre a força dele em um pleito para presidência, Ciro diz acreditar que Jair Bolsonaro também rivaliza com o ex-presidente na identificação com o povo nordestino e dispara: “o Nordeste nunca foi de esquerda, é até mais conservador do que o restante do país. Mas de qualquer forma, [Lula] é um candidato forte lá no Nordeste”.

Ciro pontuou que o antipetismo no Brasil ainda é mais forte que o movimento anti-Bolsonarismo, afirmando que “o Lula hoje só tem os militantes do PT, e grande parte sem muita perspectiva de vitória. Vai ser um discurso só para eleição de deputado [federal]. Não vai ser pensando em expectativa de poder”.

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