O senador Ciro Nogueira (PP) comentou, na manhã desta terça-feira (28), em entrevista ao portal O DIA, o levantamento que o aponta como o parlamentar que mais utilizou verba parlamentar para pagar combustível de aviação e para fretar jatos particulares no ano de 2017.

Conforme levantamento feito pelo jornal Estadão e pelo site Broadcast, de janeiro a outubro deste ano, 14 senadores gastaram R$ 771,6 mil com esse tipo de despesa, além de R$ 896,1 mil para comprar passagens aéreas em voos comerciais.

^{Foto: Moura Alves/ODIA}

Ciro aparece no topo do ranking de maiores gastadores, com R$ 190 mil em recursos públicos utilizados entre janeiro e outubro para o fretamento de aeronaves e pagamento de combustíveis de aviação.

Ao portal O DIA, o senador disse que gasta muito porque precisa "percorrer bem o estado, trabalhando, não só no estado como no Brasil".

A declaração foi feita durante evento de inauguração do Parque de Energia Solar Nova Olinda, em Ribeira do Piauí.

Em 2016 Ciro gastou aproximadamente R$ 260 mil com esse tipo de despesa, e mais R$ 200 mil em 2015.

Ainda conforme o levantamento do Estadão/Broadcast, Ciro usou verba parlamentar para pagar combustíveis de avião até em períodos de recesso parlamentar. 

Isso ocorreu, por exemplo, nos dias 29 e 31 de dezembro de 2016, véspera da virada de ano, quando o senador piauiense apresentou seis notas fiscais para ter reembolsados pelo Senado gastos desse tipo. 

Nas redes sociais, Ciro e sua mulher, a deputada Iracema Portella (PP), aparecem em fotos passando o Réveillon 2017 em Trancoso, na Bahia.

Pesquisa para vice de Wellington

Ciro também comentou a disputa entre PP e o PMDB pela vaga de vice-governador na chapa encabeçada por Wellington Dias (PT) no pleito de 2018.

Os peemdebistas querem indicar o deputado estadual Themístocles Filho (PMDB) para o posto, enquanto o partido de Ciro quer manter Margarete Coelho (PP) na vaga. 

Como uma alternativa para o impasse, o PP sugeriu a realização de uma pesquisa de opinião destinada a avaliar qual dos dois nomes teria uma maior aceitação popular - o de Themístocles ou de Margarete. Mas a ideia não foi bem digerida pelo PMDB.

"É uma opinião, temos que respeitar. Mas eu acho que qualquer candidatura vai ser resolvida pela coligação, não por um partido. Tem que ter um critério", afirmou Ciro.

Por: Cícero Portela (de Ribeira do Piauí)