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Assis Carvalho apoia decisão de Lula em permanecer preso

Já tendo cumprido um sexto da pena de 12 anos e 1 mês de prisão, Lula tem direito de progredir para o semiaberto.

02/10/2019 07:18

Presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no Piauí, o deputado federal Assis Carvalho manifestou apoio à decisão do ex-presidente Lula de não aceitar a progressão de pena, recomendada por procuradores da força tarefa da Lava Jato à Justiça Federal. A declaração vem em meio a uma divisão interna na legenda, já que uma ala acredita que este seria o caminho mais fácil para uma futura absolvição.


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Segundo noticiado na imprensa nacional, muitos petistas defendem o recurso, como o ex-ministro Tarso Genro, que ao Globo afirmou que “Lula semi-livre é mais perto de Lula livre”. Apesar disso, o piauiense enfatiza que o partido deve apoiar e seguir a decisão do seu principal líder político de rejeitar a possibilidade de prisão em regime semi-aberto.

“O PT tem as mais diversas posições possíveis, mas isso não vale nada. A posição que vale é a do presidente Lula, a que ele tomar será a nossa. Ele até já se manifestou, que não aceita, do ponto de vista da concordância. Se quiserem fazer de forma impositiva, que eles escrevam essa sujeira na história do judiciário brasileiro, mas não com a anuência do presidente Lula”, declarou o parlamentar ao Jornal O Dia.


O presidente do partido diz que Lula é quem direciona o entendimento na sigla - Foto: Elias Fontinel/O Dia

Preso desde abril de 2018 na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde cumpre pena de 12 anos e 1 mês por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula, no entendimento dos procuradores, teria direito a progressão, pois já teria cumprido um sexto da sentença. Para Assis, a decisão apenas evidencia as “lambanças” de Deltan Dallagnol na condução da força tarefa.

“Eles estão agora com essa batata quente nas mãos, porque não tem como segurar, e tomam uma decisão inédita na história do Ministério Público deste país, que é tentar se antecipar e dar um jeitinho. Não queremos isso e sim um julgamento justo, até porque não cabe ao Ministério Público fazer esse tipo de pedido, mas a parte”, argumentou o deputado.

Por: Breno Cavalcante, do Jornal O Dia
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