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Favorável a reforma, Átila silencia sobre possível punição do PSB

O parlamentar piauiense foi um dos que não seguiu as orientações de seu partido na votação e podem sofrer punições.

11/07/2019 10:25

O deputado federal Átila Lira (PSB) optou pelo silêncio após votar a favor da Reforma da Previdência e ser ameaçado de expulsão de seu partido. É que a direção nacional do PSB havia deliberado posição contrária à Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que altera as regras previdenciárias, e declarado que puniria os parlamentares dissidentes. 

Procurado pela reportagem de O Dia, o parlamentar disse, por meio de sua assessoria, que não vai comentar essa situação neste momento. Além dele, outros 11 deputados da sigla não seguiram a orientação partidária.

Outro piauiense que também enfrenta impasse com sua legenda é o deputado Flávio Nogueira (PDT). Ele também votou pela aprovação do texto-base da Reforma, contrariando o direcionamento dado pela cúpula nacional do partido, que se posicionou contra a proposta. Há alguns dias, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, declarou que os parlamentares que votassem pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) poderiam incorrer em infidelidade partidária, resultando em expulsão, como especifica o estatuto da sigla.


Átila Lira contrariou o direcionamento do PSB e votou a favor da Reforma da Previdência - Foto: Arquivo O Dia

No entanto, diferentemente de Lira, Nogueira se pronunciou a respeito da postura do partido e a classificou como “medida de exceção e cerceamento da liberdade do deputado”. O parlamentar declarou não ter receio de eventuais punições, já que o texto original foi alterado e melhorado, e criticou a postura do PDT por considerar que o fato de um deputado votar de acordo com sua consciência não fere a ideologia do partido.

À reportagem de O Dia, Nogueira afirmou: “Ser expulso porque está votando em um projeto que você acha certo e ter uma opinião diferente da cúpula do partido é horrível”. Horas antes da votação da PEC, ele cogitou se abster, alegando divergências com o texto apresentado ao Plenário, o que não se concretizou.

Desde o início da tramitação da PEC nas comissões da Câmara, Flávio Nogueira e Átila Lira já davam sinais de que votariam a favor da matéria, o que gerou rumores de que poderiam trocar de partido. Nogueira é especulado no Podemos (PODE) e Átila já citou o DEM como possível destino. Ambos os partidos fazem parte da base do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Por: Breno Cavalcante - Jornal O Dia
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