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Após silêncio de Wellington sobre Frank Aguiar, PRB decide apoiar Dr. Pessoa

Gessivaldo Isaias apresentou a Wellington a ideia de o PRB permanecer na base e Frank Aguiar lançar candidatura avulsa. Como petista não deu resposta, partido definiu ali

03/08/2018 19:10

O PRB decidiu no final da tarde desta sexta-feira (3), restando menos de 24 horas para a sua convenção, que vai apoiar a candidatura do deputado estadual Dr. Pessoa (Solidariedade) ao Governo do Estado nas eleições deste ano.

O partido seguia dividido entre seguir na base do governador Wellington Dias (PT) e seguir para a oposição, mas a sigla acabou optando pelo segundo caminho depois que a candidatura de Frank Aguiar (PRB) ao Senado foi novamente recusada pelo petista.


Gessivaldo Isaias, presidente do PRB no Piauí, tinha posição pró-governo, mas foi voz minoritária dentro da sigla, que optou por apoiar a candidatura de Dr. Pessoa (Foto: Assis Fernandes / O DIA)


O deputado Gessivaldo Isaias, presidente do diretório estadual do PRB, afirma que, nesta tarde, tentou uma última cartada para que Frank lançasse sua candidatura sem que o partido tivesse que sair da base governista.

O parlamentar apresentou a Wellington a ideia de o PRB permanecer na base e Frank lançar sua candidatura de forma avulsa, indo para a campanha "correndo por fora".

O presidente do PRB afirma que o governador ficou de dar uma resposta a ele. Como a resposta não veio, a sigla concluiu que o melhor caminho a seguir seria apoiar a candidatura de Dr. Pessoa ao Governo, tendo Frank como um dos candidatos ao Senado na chapa.

"Nós conversamos com o governador, explicamos a situação do Frank Aguiar, que hoje é um apelo popular, e, baseado nisso, nós pedimos a oportunidade de compor a chapa majoritária. Desde o começo a gente vinha pedindo. Como não foi possível, nós decidimos marchar com o Dr. Pessoa", afirma Gessivaldo.

O deputado destaca que tem "carinho" e "apresso" pelo governador Wellington Dias, e que, por esta razão, só passou a negociar uma aliança com Dr. Pessoa depois de ter esgotado todas as possibilidades de acordo com o petista.

Gessivaldo reconhece que sua posição pró-governo é minoritária dentro do PRB, e afirma que não poderia impor sua vontade a qualquer custo, contrariando a maioria das lideranças e dos filiados do partido.

"Eu sou o presidente, mas não sou o dono do partido. Eu escutei os nossos vereadores do interior, escutei a base do partido e conclui que a maioria dos filiados do PRB querem que seja lançada a candidatura do Frank Aguiar ao Senado. A vontade do povo é o Frank Aguiar. Os eleitores estão dando essa resposta nas pesquisas. Se tantas pessoas estão dizendo que votariam nele, eu não posso frustrar essa candidatura, Mesmo que ele não seja eleito, já será uma grande vitória para o PRB tê-lo na disputa por uma das cadeiras no Senado", afirma Gessivaldo Isaias.

Em convenção do PT, Wellington cita PRB entre aliados

Enquanto a cúpula do PRB definia, por telefonemas e em reuniões na Assembleia Legislativa, qual caminho seguir no pleito deste ano, o governador Wellington Dias comandava a convenção do Partido dos Trabalhadores, durante a qual foi homologada sua candidatura a reeleição.

A indefinição no PRB era tamanha que, em seu discurso, Wellington chegou a citar o partido de Gessivaldo como um dos que continuariam compondo sua base durante a campanha eleitoral.

Mas, àquela altura, Gessivaldo já havia se reunido com Dr. Pessoa para confirmar a aliança do PRB com o Solidariedade.

Além de Pessoa e Frank, a chapa majoritária ainda terá o ex-prefeito de Novo Oriente Marcos Vinícius ocupando a outra candidatura ao Senado, e como candidata a vice-governadora Vanessa Tapety (PTC), filha do ex-prefeito de Oeiras Tapety Neto e sobrinha do suplente de deputado estadual Mauro Tapety (MDB).

Coligação proporcional

Sobre a disputa por cadeiras na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa, Gessivaldo considera que a coligação proporcional integrada pelo PRB, PTC, Solidariedade e PMN terá força para eleger entre três e quatro deputados estaduais e de um a dois deputados federais.

O presidente do PRB afirma, ainda, que o grupo segue negociando com outras duas siglas, para ingressarem na coligação - o PPL e a Rede.

Por: Cícero Portela
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