Atualmente, Eduardo Cunha é:
- Réu em um processo penal sob acusação de receber US$ 5 milhões em propinas de um contrato da Petrobras.
- Denunciado formalmente em razão de contas na Suíça ligadas ao seu nome.
- Protagonista em outros inquéritos relativos a suspeitas de corrupção.
- Alvo um processo no Conselho de Ética da Câmara que pede a cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar.
Em 5 de maio, o político do Rio foi afastado da presidência da Câmara e de seu mandato de deputado pelo Supremo Tribunal Federal sob o argumento de que estaria agindo para atrapalhar as investigações da Lava Jato.
Foto: Lula Marques/ Agência PT
Até hoje, o peemedebista continua morando na residência oficial da presidência da Câmara, de onde despacha com aliados e assessores, mantém seu gabinete no Congresso em funcionamento e usa na lapela do terno o broche de deputado. Ele nega ter cometido ilegalidades.
Nesta quinta-feira (19), foi à Câmara se defender do processo do Conselho de Ética e disse que não havia "um alfinete" no governo do presidente interino de Michel Temer indicado por ele. Contudo, pelo menos três figuras importantes hoje a serviço do Palácio do Planalto são aliados próximos de Cunha:
André Moura
O QUE FAZIA: Líder do PSC, com bancada de oito deputados.
O QUE FAZ: Líder do governo na Câmara dos Deputados.
FUNÇÃO: Defender os interesses do Palácio do Planalto na Câmara, como encaminhar a posição do governo na votação de projetos de lei e buscar apoio político.
RELAÇÃO COM CUNHA: Aliado fiel de Cunha. Foi nomeado por pressão de grupo de 13 partidos que se uniram nesta semana para formar um “centrão" na Câmara, com 218 deputados. É réu em três ações por desvio de dinheiro público e investigado na Lava Jato e por tentativa de homicídio, segundo o jornal “Folha de S.Paulo”.
Carlos Henrique Sobral
O QUE FAZIA: Assessor especial de Cunha na Presidência da Câmara.
O QUE FAZ: Chefe de gabinete do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.
FUNÇÃO: Administrar o funcionamento do gabinete da Secretaria de Governo, responsável pela articulação do Planalto com o Congresso, governadores, prefeitos e movimentos sociais.
RELAÇÃO COM CUNHA: Era funcionário de estrita confiança de Cunha. Ajudava a filtrar quem teria acesso ao seu gabinete e recebia pessoas em nome do presidente afastado da Câmara.
Gustavo do Vale Rocha
O QUE FAZIA: Membro Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e advogado de Cunha.
O QUE FAZ: Subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil.
FUNÇÃO: Cabe a ele e sua equipe analisar a viabilidade jurídica de ações do governo, projetos de lei de interesse do Planalto e leis já aprovadas que aguardam sanção presidencial.
RELAÇÃO COM CUNHA: Advogado, assumiu em maio de 2015 uma cadeira de conselheiro do CNMP, por indicação da Câmara, então presidida por Cunha. O órgão é responsável pelo controle externo no Ministério Público. Em sua sabatina no Senado, Rocha declarou que havia advogado para Cunha em ações privadas.
Fonte: Nexo Jornal