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"A reforma da Previdência é necessária, imprescindível e inadiável"

parlamentar também analisou o governo federal, e fez criticas a relação do presidente Jair Bolsonaro com o Congresso Nacional,

18/05/2019 08:37

O DIA conversou com o senador Marcelo Castro. Em entrevista exclusiva, ele avaliou o início de seu mandato no Senado Federal e falou sobre os trabalhos como presidente da Comissão Mista de Orçamento. O parlamentar também analisou o governo federal, fez criticas a relação do presidente Jair Bolsonaro com o Congresso Nacional, defendeu a aprovação da reforma da Previdência, desde que, segundo ele, não prejudique trabalhadores rurais e idosos pobres.  Castro também avaliou a relação de seu partido, o MDB, com Wellington Dias e afirmou que quer se aposentar da política, quando concluir o mandato de senador, aos 76 anos. Uma boa leitura!

ODIA: O senhor assumiu o mandato de senador há três meses. Como o senhor avalia até agora sua atuação?

Marcelo Castro: É uma experiência nova, uma responsabilidade bem maior e um volume de trabalho maior que na Câmara. Então eu tenho ralado muito aqui no Senado, porque participo de muitas comissões, sou presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), que tem um volume de trabalho muito grande, já que neste ano será feito o Plano Plurianual, que o Governo vai estabelecer suas metas para todo o seu mandato, vamos fazer a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que vai estabelecer os parâmetros para a confecção do orçamento do próximo ano, porque o Bolsonaro é presidente da República, mas  o orçamento que ele está executando esse ano foi elaborado no ano passado pelo Michel Temer e outros deputados e senadores que estavam aqui. Então é uma experiência nova, muito enriquecedora e estou muito otimista com a minha participação no Senado.

ODIA: Presidir a CMO no Congresso Nacional é uma posição política de destaque. O senhor, inclusive, tem se reunido bastante com representantes do núcleo econômico do governo federal. Como tem sido esse diálogo?

MC: O relacionamento é o melhor possível. Nós temos mantido contato permanentemente com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com toda sua equipe, a todo instante prestando informações, vindo a comissão. Vindo, tanto ele como os auxiliares, ou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e hoje mesmo houve uma audiência pública na comissão com ele. Ficou lá aproximadamente por umas quatro horas, há três dias esteve aqui conosco o Paulo Guedes, que ficou a tarde inteira conosco. Graças a Deus, nós temos dado uma condução a CMO, que tem agido com muita estabilidade e segurança. Sem escândalos, agressões e gritarias, então as coisas estão ocorrendo dentro do que é esperado, como deve acontecer em um parlamento. É uma posição de muito destaque, porque há um entendimento de que é a comissão mais importante do Congresso Nacional, porque é ela quem vai dizer como o dinheiro da nação será aplicado em 2020 e nos próximos anos. Para mim é muito gratificante, sendo um senador de primeiro mandato, já estar exercendo um papel tão importante quanto esse, de presidente da CMO.

ODIA: Senador, sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias que já começa ser discutida pela comissão, quais sãos seus prognósticos para esse orçamento de 2020? Nos últimos anos muito se falou em crise e dificuldade financeira. O que brasileiro pode esperar para os próximos orçamentos da União?

MC: O compromisso que nós temos à frente da CMO, fizemos uma reunião interna com o relator geral da Lei Orçamentária Anual, com o relator da LDO, com o relator do PPA, com o relator da Receita, com a equipe econômica do Governo e o que estabelecemos é que, na medida do possível, vamos fazer um esforço máximo para que a gente apresente um orçamento para o país, o mais realístico possível, sem nenhum artificialismo. Queremos exatamente que o orçamento reflita o momento econômico e financeiro que estamos vivendo, que todo mundo sabe, é de crise muito grande, e nós não podemos fazer um orçamento que não espelhasse essa realidade. Nosso compromisso é fazer isso em benefício do nosso país e da nossa nação.


A entrevista completa você confere no Jornal O DIA deste final de semana. 

Por: Breno Cavalcante e Natanael Souza - Jornal O Dia
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