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"œNão há medida que evite fuga", diz promotor sobre soltura de ex-tenente

Ministério Público vai interpor recurso pedindo a prisão preventiva de José Ricardo da Silva Neto, que foi posto em liberdade na semana passada.

06/02/2018 10:36

O Ministério Público do Estado, através da 14º Promotoria de Justiça, vai interpor um recurso à decisão do juiz Antônio Reis de Jesus Nolleto, que colocou em liberdade o ex-tenente do Exército José Ricardo da Silva Neto, réu confesso do assassinato de Iarla Barbosa Lima no dia 19 de junho do ano passado.

O principal argumento da promotoria para sustentar o recurso será que a decisão da Justiça não garante qualquer medida que evite a fuga de Silva Neto. Um dos pontos da sentença do juiz Antônio Nolleto diz respeito justamente à possibilidade do réu retornar a Recife, sua cidade natal.

“A condicional não dá garantias que ele comparecerá quando for chamado. Não tem sequer um mecanismo de monitoramento eletrônico e nós estamos falando aqui de uma pessoa que confessou friamente ter tirado a vida de alguém”, declara o promotor Régis Marinho.

Para o representante do Ministério Público, as chances de Silva Neto fugir após deixar o Piauí são grandes, o que corrobora com a tese da necessidade mantê-lo preso. Régis Marinho acredita que com o réu em liberdade, o andamento processual pode ser interrompido.

Outro ponto mencionado pelo promotor diz respeito aos riscos que a liberdade do ex-tenente do Exército representa para testemunhas e para a própria família de Iarla. “Se trata aqui de um crime grave com réu confesso que está usufruindo claramente da sensação de impunidade que pode leva-lo a cometer outro delito, inclusive contra os envolvidos no caso. Então a manutenção da preventiva neste caso é mais que necessária. É fazer Justiça a quem realmente precisa”, disparou Régis Marinho.

Questionado sobre quando o MP provocará a Justiça a respeito do caso, o represente da 14ª Promotoria disse que a decisão de interpor o recurso foi tomada hoje, mas que até o fim da semana, a medida devera ser tomada. O objetivo, segundo Régis Marinho, é não perder tempo para evitar mais delongas no processo.

Por: Maria Clara Estrêla
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