Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Fiscal de empresa de segurança é morto por colega em frente ao cine teatro da Ufpi

Segunda a polícia, acusado teria se irritado com o fiscal por ter sido advertido

26/01/2012 23:06

Atualizada às 0h45

Uma suposta discussão entre um fiscal e um vigilante que trabalham para uma empresa de segurança privada contratada pela Universidade Federal do Piauí (Ufpi) terminou em morte, na noite desta quinta-feira (26/01).

O fiscal Carlos Alberto Gomes, 29 anos, que trabalhava para a PIV Seg, foi morto com quatro tiros por um segurança da mesma empresa. O homicídio ocorreu por volta das 20h30, em frente ao cine teatro da Ufpi, que fica ao lado da agência do Banco do Brasil e da Biblioteca Central, no campus da Ininga, zona Leste de Teresina.

Pessoas que estavam próximas do local no momento do homicídio relatam ter ouvido pelo menos quatro tiros sendo disparados. A perícia criminal, que chegou ao local por volta de 23h, confirmou que Carlos Alberto foi atingido por um tiro na boca, um na região do abdômen e outros dois na caixa torácica.

De acordo com a polícia, o acusado chama-se Ernani Alves de Sousa, de 31 anos, que foi contratado pela empresa de segurança privada em maio de 2011.

Após disparar contra vítima, Hernandes foi até uma guarita e informou a outro vigilante da UFPI o que havia feito. Pediu que se chamasse uma ambulância e fugiu em seu carro, um Corcel 1979.

Corpo de Carlos Alberto, ao lado da moto em que ele trabalhava

De acordo com a polícia, os dois homens teriam discutido porque o fiscal, que é responsável por verificar o cumprimento do expediente dos seguranças, teria cortado o ponto do acusado em outras ocasiões. Na noite desta quinta-feira, Carlos Alberto teria chegado para mais uma fiscalização e, mesmo antes de descer de sua moto, foi alvejado.

Ao lado do corpo de Carlos Alberto, o acusado deixou a arma usada no crime, que pertencia à empresa para qual ambos trabalham. O colete e o boné de identificação da empresa de segurança, que também estavam sendo utilizados pelo acusado, foram deixados no chão, a poucos metros no local. Carlos Alberto era casado e tinha dois filhos.

Equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar seguiram para o local da ocorrência, bem com a perícia criminal. O coronel Fernando Albuquerque, comandante de Policiamento da Capital, e o delegado Canabrava, do 12º DP, foram pessoalmente à ocorrência. A gerente da empresa PIV Seg esteve no campus universitário, mas não quis falar com a imprensa. Os familiares de Carlos Alberto também foram ao local.

Há informações ainda não confirmadas de que Ernani já teria sido advertido três vezes pela empresa, pois não estaria cumprindo as regras da empresa, entre elas não se ausentar do posto. Ele já haveria sido suspenso pelo mau comportamento.

Fotos de Jailson Soares

Colete (acima) e boné (abaixo) deixados no local do crime pelo acusado

Edição: Cícero Portela
Por: Robert Pedrosa - direto do local
Mais sobre: