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Teresinense acusada de injúria racial é solta e não poderá frequentar Carnaval de Salvador

A decisão foi tomada após audiência de custódia realizada na manhã desta quinta-feira (23)

23/02/2023 16:04

A teresinense Lia Raquel Soares Régis, de 44 anos, presa por injúria racial após chamar um vendedor ambulante de “macaco” durante festa de carnaval em Salvador (BA) na última terça-feira (21), teve a liberdade provisória concedida após audiência de custódia realizada na manhã desta quinta-feira (23). Dentre as medidas cautelares expedidas pela Justiça, Lia Raquel foi proibida de frequentar festas de Carnaval na cidade de Salvador.


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Lia Raquel Soares Régis (Foto: Reprodução/Facebook)

De acordo com uma das advogadas da acusada, Andressa Teixeira, o juiz Arlindo Alves dos Santos, responsável pela audiência, apontou que não houve representação pela prisão preventiva da acusada e, com isso, foi solicitada a homologação da prisão em flagrante e  concedida a liberdade provisória mediante ao cumprimento de medidas cautelares. “A liberdade foi concedida com medidas cautelares de forma branda porque o juiz conseguiu constatar nesse primeiro momento a ilegalidade da prisão, que teve uma série de vícios”, comenta a advogada. 

A advogada ressalta que o caso "não ocorreu como está sendo veiculado nas redes sociais” e que existem uma “série de testemunhas que presenciaram o fato”. “Não foi como o que está sendo divulgado e estamos trabalhando a fim de provar a inocência dela, que é uma trabalhadora e cidadã que, no momento da festa, entrou nessa discussão”, acrescenta. 

Entenda o caso

Lia Raquel Soares Régis foi presa por injúria racial na Bahia. De acordo com informações da Polícia Civil baiana, ela estava em um bloco carnavalesco na terça-feira (21), no circuito Dodô, quando foi detida por chamar um vendedor ambulante de "macaco". O auto de prisão em flagrante foi lavrado no Serviço Especializado de Respeito a Grupos Vulnerabilizados e Vítimas de Intolerância e Racismo (SERVVIR), localizado no Shopping Barra em Salvador. 

Em depoimento, a teresinense negou ter cometido o crime e afirmou que nunca chamaria alguém de "macaco", pois tem um filho negro. 

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