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SSP diz que defeito em geladeira do IML de Parnaíba é fake news

A secretaria diz que o IML que atende o norte do Piauí está funcionando normalmente, apesar de o Sindicato dos Policiais Civis dizer o contrário.

17/12/2018 10:28

A Secretaria de Segurança Pública declarou nesta segunda-feira (17) que a informação de que as geladeiras do Instituto Médico Legal (IML) de Parnaíba estariam quebradas e que corpos estavam entrando em estado de putrefação não é verdadeira. A notícia foi amplamente divulgada pela imprensa piauiense nos últimos dias e teria surgido em um blog do Litoral. 

A informação original dizia que um funcionário do IML em Parnaíba relatava que as geladeiras do local estavam enfrentando problemas e que dois corpos estavam apodrecendo e ainda não teriam sido identificados. De acordo com a notícia, os corpos já estavam exalando bastante mau cheiro e prejudicando o trabalho no IML. 

Foto: Divulgação/SSP

Por meio de nota assinada pelo diretor de Polícia Técnico-Científico, Antônio Nunes Nunes Pereira, e divulgada pela Secretaria de Segurança Pública, o IML esclarece que as geladeiras estão funcionando normalmente e diz que não há nenhum cadáver apodrecido. Além disso, a nota conta que em Teresina existem doze câmaras frias que poderiam ser usadas caso as geladeiras de Parnaíba estivessem com problema. “Ou seja, na hipótese de ocorrerem defeitos, os cadáveres podem ser enviados de forma imediata para lá, não havendo motivos para essas afirmações”, explicita a nota. 

Os relatos do funcionário foram, inclusive, compartilhados por um dos diretores do Sindicato de Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi) em um grupo de WhatsApp onde a imprensa e o sindicato se comunicam. O Portal O Dia não conseguiu entrar em contato com o diretor. No entanto, a reportagem entrou em contato com o presidente do Sindicato, Constantino Júnior, que reafirmou o ocorrido, relatando que a versão do fato relatada na nota é a que não condiz com a realidade. 

Segundo Constantino, a geladeira enfrenta problemas a mais de um ano e os corpos que não são identificados rapidamente são enviados para Teresina. “Nós já denunciamos isso faz tempo, mas a coisa se avolumou esse final de semana porque ficaram dois corpos lá apodrecendo. Os policiais começaram a reclamar da situação e a gente passou para a imprensa. Nós só temos dois IML’s no Piauí, um em Teresina e outro em Parnaíba, e o de Parnaíba funciona muito precariamente”, relata o presidente. 

Edição: Adriana Magalhães
Por: Lucas Albano
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