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Relatório aponta morte violenta de três LGBTs no primeiro trimestre no Piauí

No Piauí, o Grupo Gay da Bahia contabilizou dois assassinatos e um suicídio. No Brasil, 126 LGBTs foram vítimas de morte violenta este ano.

17/04/2018 14:25

Um levantamento divulgado pelo Grupo Gay da Bahia revela que três LGBTs morreram de forma violenta no Piauí, de janeiro até o dia 10 de abril deste ano. No Brasil, foram 126 vítimas. O estudo é realizado através de informações repassadas por grupos de defesa dos direitos dos LGBTs de todo o país.

No Piauí, o GGB contabilizou dois assassinatos e um suicídio. As vítimas foram Benjamin de Jesus Souza, morto a facadas, e Michelly Santtos, que se suicidou. Ambos moravam em Teresina. O terceiro caso é o de uma travesti de Piripiri, V. Peixoto, morta a pauladas.


Segundo a militante do Matizes, Marinalva Santana, existem diferenças nas mortes violentas de LGBTs. “Geralmente, a motivação é o ódio que o assassino tem por conta da orientação sexual ou da identidade de gênero”, explica.

Para Marinalva, a redução nos registros não é motivação para comemorar. O Piauí já esteve entre os estados que mais matavam LGBTs. “Uma vida ceifada por ódio reprovável. A gente continua de forma entristecida lamentando cada caso”, afirma a militante.

De acordo com o relatório, o estado de São Paulo figurou no topo entre os que mais registraram casos de homofobia, revelando 19 episódios de violência contra a população LGBT. O Ceará, aparece  em seguida com nove mortes, assim como Alagoas que registrou três suicídios e seis homicídios neste período.

O relatório mostrou ainda que o Sergipe teve o menor índice da região nordeste, com apenas um caso, mesmo número registrado por Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Já os estados de Roraima, Amapá e Tocantins não registraram nenhum caso.

Por: Nayara Felizardo
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