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Quadrilha presa pela Polícia estava pronta para agir e tinha alto poder de fogo

Serviço de inteligência da Secretaria de Segurança informou que empresas de transporte de valores e agências bancárias seriam potenciais alvos dos criminosos.

12/09/2016 16:50

A quadrilha presa em Teresina no último sábado (10) durante a Operação Forasteiros estava pronta para agir a qualquer momento, e tinha alto poder de fogo, informou o secretário de Segurança Pública, capitão Fábio Abreu, que concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (12) para dar detalhes do trabalho investigativo que levou à prisão do grupo criminoso.

Além de Fábio Abreu, o delegado geral Riedel Batista e os delegados Carlos César e Gustavo Jung, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), também participaram da coletiva. 

Ao todo, nove pessoas foram presas, a maioria oriundas de outros Estados, e quatro veículos foram apreendidos - um caminhão, uma S10, uma Frontier e uma CRV.

Em poder dos suspeitos a Polícia apreendeu três fuzis AK 47, duas pistolas, quatro coletes balísticos, e 16 emulsões explosivas encartuchadas da substância Anfo (óleo combustível com nitrato de amônio), além de balaclavas, munições, alavancas e dinheiro.

"Nosso objetivo é antecipar os fatos, antecipar as ações desses indivíduos, compartilhar essas informações com outros Estados, para que a gente consiga retirar eles de circulação e que seja feito o procedimento necessário, de maneira que a gente consiga apresentar à Justiça a maior quantidade provas possível, para que eles permaneçam mais tempo presos", ressaltou Fábio Abreu.

O secretário também disse acreditar que novas prisões devem ser realizadas nos próximos dias, tanto no Piauí como em outros Estados. 

Cada uma das emulsões explosivas aprendidas pela Polícia tem potencial para arrombar um cofre de uma agência bancária ou quatro terminais de auto-atendimento. Sendo assim, as 16 emulsões encontradas em poder dos criminosos poderiam ser usadas pela quadrilha para arrombar até 16 cofres de bancos ou 64 terminais eletrônicos.

Fábio Abreu afirma que a quadrilha estaria migrando de Estados do sul e sudeste porque as empresas de transporte de valores de lá teriam reforçado seus procedimentos de segurança, dificultando a ação dos bandidos. "Mas pelo que nós apuramos aqui, eles não chegaram a executar nenhuma ação em nosso Estado. As circunstâncias em que nós encontramos o material e a forma como eles foram presos indicam que eles estavam se planejando mas ainda não teriam executado nenhuma ação no Piauí", ressalta Fábio Abreu.


Parte do material apreendido pela Polícia estava escondido nas residências onde os acusados foram presos, e outra parte estava guardada num fundo falso dentro do caminhão que estava em poder da quadrilha.

Um dos presos já foi diretor de presídio no Tocantins

Um dos presos na Operação Forasteiros, o policial Alysson Aguiar Alves, da Polícia Civil do Tocantins, já chegou a ocupar o cargo de diretor de uma das principais unidades penais no Estado, a Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG), localizada no município de Araguaína, região norte do Tocantins.

Mesmo respondendo a inquéritos por crimes como receptação e adulteração de veículos, o policial ainda não foi exonerado do cargo público e, inclusive, está na ativa. 

"Esse policial do Tocantins está de licença ou de férias, se não me engano, e aproveitou esses dias de folga para acompanhar as ações criminosas desse grupo aqui no Piauí", informou o delegado Gustavo Jung.

 

Por: Cícero Portela
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