O Conselho Tutelar de Teresina está investigando um caso de agressão praticado contra um bebê na capital piauiense. O pai filmou o momento em que bate na própria filha enquanto ela brincava e postou o vídeo nas redes sociais. O fato aconteceu no último dia 16, na Vila Ferroviária, zona Sul. 

Leia também: Menor pode responder por engravidar criança de 13 anos após relação consentida 

Segundo o Conselho, o rapaz, identificado como M.L agrediu a filha em vingança contra a mãe do bebê, que se recusava a retomar o relacionamento após anunciar a separação. Inconformado, ele aproveitou que estava sozinho com a filha para agredi-la. A população revoltada com a situação denunciou o caso ao Conselho Tutelar, que foi até a casa do acusado para verificar a situação e resgatar a criança.

A reportagem de O DIA conversou com o conselheiro Melkesedeque Fernandes, que acompanhou a diligência junto com a Polícia Militar. Ele conta que ao chegarem à residência, a criança já se havia sido resgatada pela família da mãe e que o acusado já havia se evadido. No momento, ele é considerado foragido.

^{Foto: Reprodução/Whatsapp}

“Nós tomamos conhecimento de que a criança ainda estava no convívio do violador e nos dirigimos para lá devidamente acompanhados pela polícia, porque se se confirmasse a versão de que ela ainda estava lá, o Conselho tem autonomia de afastá-la do agressor e encaminhá-la para o exame de corpo de delito, localizar a família extensa e deixa-la sob os cuidados dela. No entanto, não houve necessidade disso. A informação que obtivemos da família do pai foi que ele não na estava mais na residência e que a criança está em outro município sob poder da mãe”.

No vídeo, o pai chega a dizer que estava batendo na própria filha porque a mãe dela, sua ex-esposa, não queria voltar para seu convívio e que aquela era a forma dele tentar se vingar. “Todo dia eu meto uma mãozada nela porque tu foi embora. Quando eu lembro, o murro come, eu acordo ela debaixo de murro”, diz o homem no vídeo. O Portalodia.com não divulgará o vídeo porque seu conteúdo é sensível.

Leia também: Exploração sexual: principais vítimas em Teresina são meninas a partir de 12 anos

O caso gerou revolta, mas o Conselho Tutelar diz que episódios de alienação parental em que uma das partes busca atingir a outra se utilizando da fragilidade dos filhos são corriqueiras.

“Infelizmente é uma situação que vemos nisso e nosso dever é atuar para resguardar a integridade e garantir que os direitos dessas crianças e adolescentes sejam respeitados em âmbito familiar e fora dele”, pontua Melkesedeque Fernandes. Com relação ao pai do bebê agredido, ele informou que o rapaz usa tornozeleira eletrônica, ou seja, já tem passagens pela polícia e pelo sistema prisional, e que ele segue sendo procurado. O Conselho Tutelar não tem informações sobre por qual crime ele já responde.

Por: Maria Clara Estrêla