O aumento de golpes aplicados contra idosos tem chamado a atenção das autoridades policiais em Teresina. Segundo a Delegacia do Idoso, somente este ano mais de 200 denúncias envolvendo estelionato e furto já foram registradas na especializada, o que dá uma média de um caso por dia. Em todo o ano de 2017, foram registrados cerca de 600 casos, 20% a mais que no ano anterior, quando foram registrados 500 casos.

A delegada Daniela Barros, titular da pasta, destaca que os idosos são bastante vulneráveis a golpes aplicados por telefone, no qual os estelionatários se apropriam de seus dados pessoais para fazer empréstimos, o que caracteriza o crime de natureza patrimonial. Durante as ligações, os criminosos informam que os aposentados possuem um crédito de planos econômicos anteriores, como Bresser e Collor, mas que, para receber, necessitam custear os trâmites processais.

^{Idosos são alvos vulneráveis em filas de banco, nos terminais de autoatendimento, ao contratar crédito consignado e outros (Foto: Arquivo O Dia)}

“Do outro lado da linha, o idoso acredita nessa informação e realiza o depósito de quantias elevadas. Teve idoso que chegou a depositar R$ 100 mil, R$ 50 mil, R$ 30 mil. O idoso é vítima quando está na fila do banco, no terminal de autoatendimento, quando troca um cartão, do crédito consignado e de agora com golpes por telefone”, comenta.

A delegada pontua que golpe por telefone é fácil de ser aplicado vez que os criminosos não utilizam violência, mas sim uma história e o convencimento. Daniela Barros enfatiza que os idosos não questionam as informações, como número do processo ou dados do escritório de advocacia responsável.

“É preciso cautela e não realizar deposito bancário caso receba uma ligação informando que há crédito para receber. Se você não entrou com uma ação, desconfie, procure a delegacia, informe as orientações que recebeu, que nós iremos investigar. Porque é um golpe e já lesou muitas vítimas em Teresina. Se já tiver sido vítima, procure a delegacia em posse dos comprovantes de depósito e transferências bancárias realizados para que possamos iniciar uma investigação. Venha fazer o boletim de ocorrência e noticiar os fatos”, pontua.

Por: Isabela Lopes - Jornal O Dia