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Polícia localiza suspeito de importunar sexualmente ciclistas na zona Leste de Teresina

O homem aproveitava o momento em que as ciclistas estavam sozinhas para dar tapas nas partes íntimas das mulheres

29/04/2021 12:45

A Polícia Civil do Piauí cumpriu nesta quinta-feira (29), através do Departamento Estadual de Proteção à Mulher (DEPM), um mandado de busca e apreensão contra o suspeito de importunar sexualmente ciclistas dentro do Campus Ministro Petrônio Portella, na Universidade Federal do Piauí (UFPI), e em outros espaços públicos da zona Leste de Teresina.

Após ser detido, o homem foi levado para uma delegacia e foi liberado após prestar depoimento, onde confessou ter cometido os crimes do qual é acusado, sob a justificativa de ter sido “um momento de loucura”. “Agora ele responde em liberdade, a não ser que volte a reiterar a conduta, onde faremos a prisão preventiva”, afirmou a delegada Bruna Vieira, coordenadora do procedimento.

Foto: Divulgação/Polícia Civil

De acordo com relato de vítimas ouvidas pelo O DIA, o criminoso aproveitava momentos onde ciclistas estavam sozinhas para dar tapas nas partes íntimas das mulheres. Wilk Janes Silva Lobo, uma das que sofreram importunação sexual, relata ter passado por dois episódios como estes em um mesmo dia.

“Eu estava subindo de forma lenta e ele deu um tapa tão forte na minha bunda que eu quase caio da bicicleta. Eu o xinguei e, quando a ficha começou a cair, veio o choro na garganta, com aquela sensação de impotência. Perto de mim não tinha ninguém passando, então ele já sabia como fazer para não ser pego", relatou.

Wilk Lobo é uma das muitas vítimas do agressor. Segundo a delegada do caso, existiam ao menos cinco boletins de ocorrência contra o acusado. “Pode ser que tenha havido mais. Agora vamos concluir o processo, encaminhar para a Justiça e aguardar a sentença. A pena para o crime de importunação sexual varia de um a cinco anos de prisão”, pontua.

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Apesar de não apagar a agressão sofrida, a ciclista considera importante a identificação e a ação contra o suspeito. Embora lamente o fato deste continuar em liberdade, torce para que os atos de importunação, ou até mesmo outras práticas ainda mais graves contra as mulheres, não tornem a acontecer. “Espero que se cumpra a lei”, frisou Wilk.

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