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Polícia prende duas quadrilhas tentando aplicar golpe no mesmo banco

Suspeitos usam idosos para conseguir benefícios usando documentos falsos. Idosos recebem R$ 100 para participar do crime.

06/07/2017 09:59

Investigadores do 6º Distrito Policial prenderam na tarde de ontem (5) quatro pessoas que tentavam aplicar golpes em um banco do centro de Teresina. São dois grupos, cada um formado por um idoso e um adulto, que tentaram praticar o mesmo crime no mesmo dia e na mesma agência.

A primeira prisão ocorreu às 10h30 da manhã. A partir de uma denúncia de dentro do banco, os policiais flagraram uma mulher identificada como Francisca que acompanhava a idosa Saravá da Conceição, de 90 anos, que tentou solicitar benefícios usando o nome de Ana de Jesus. Elas diziam ser nora e sogra.

Mais tarde, por volta das 16h, uma nova denúncia apontava para uma outra dupla: desta vez, um homem adulto, chamado Evandro Silva, acompanhava Raimundo nonato, de 74 anos. O idoso se passava por Bernardo Amaro.

“São quadrilhas que vêm do Maranhão, e faz tempo que a gente prende”, comentou o investigador Joatan Gonçalves. Ele explica que os criminosos falsificam documentos roubados de idosos, e contratam outros idosos para se passar por verdadeiros donos, e os adultos para se passarem por parentes. “O documento que eles levam para o banco tem os dados do verdadeiro dono, mas a foto é do idoso que está ali pedindo o benefício”.

O investigador explica que há ainda pessoas que são os “cabeças” das quadrilhas, mas que não chegam a participar ativamente do crime, e por isso não são identificadas. “São eles que planejam as ações. Trazem essas pessoas para cá, deixam nas agências e dão todas as instruções: o que falar, como falar”, disse Joatan Gonçalves.

Um dos adultos que acompanhavam os idosos explica que cada um deles ganha R$ 1000, e os idosos recebem R$ 100 cada. “Esses idosos participam do crime, mas também são vítimas”, comenta Joatan. Segundo ele, um deles é analfabeto, e disse que se submeteu a participar por não poder mais trabalhar na lavoura. “São pessoas humildes, do campo”, disse o investigador.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
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