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Polícia Federal faz busca e apreensão em Oeiras contra pornografia infantil

Cerca de 350 policiais federais estão cumprindo 72 mandados de busca e apreensão, 3 mandados de prisão preventiva e 2 mandados de condução coercitiva, em 51 municípios

25/07/2017 08:35

A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão na cidade de Oeiras, no sul do Piauí, em uma operação que combate a exploração sexual de crianças e o compartilhamento e pornografia infantil. A operação é cumprida em 51 municípios de 14 estados do Brasil.

O cumprimento do mandato tem como objetivo investigar computadores e dispositivos eletrônicos, a fim de encontrar indícios de que os donos estariam armazenando ou compartilhando a pornografia infantil.

A investigação teve como base o monitoramento de um site russo utilizado como uma espécie de “ponto de encontro” de pedófilos do mundo todo. Esse detalhe foi o que motivou o nome da operação Glasnost, que quer dizer transparência em russo.

O monitoramento resultou na identificação de centenas de usuários, brasileiros e estrangeiros, que compartilhavam pornografia infantil na internet, bem como de diversos abusadores sexuais e produtores de pornografia infantil, tendo sido identificadas, ainda, diversas crianças vítimas de abuso.

A ação é uma sequência da operação Glasnost, deflagrada em novembro de 2013, ocasião em que foram cumpridos 80 mandados de busca e prisão e realizadas 30 prisões em flagrante por posse de pornografia infantil. Foram, ainda, identificados e presos diversos abusadores sexuais, bem como resgatadas vítimas, com idades entre 5 e 9 anos. 

Atualizada às 11h11

Até às 10h20min da manhã de hoje (25), a Polícia Federal já havia prendido 30 pessoas na segunda fase da Operação Glasnost, de combate à exploração sexual de crianças e o compartilhamento de pornografia infantil. De acordo com a PF, entre os presos estão pais que abusavam das próprias filhas e um homem de 80 anos.


(Foto: Polícia Federal PR)


15 vítimas já foram identificadas. Há entre elas um caso que chamou a atenção dos policiais, em que uma criança de apenas 2 anos, que foi abusada pelo próprio pai até os 8 anos. Os abusos aconteciam dentro casa do acusado, e só pararam por que o pai teve medo que a menina pudesse contar a alguém.

Os investigados pela operação tanto recebiam vídeos e fotos de conteúdo pornográfico quanto produziam o material. O site russo que foi investigado servia como um “ponto de encontro” entre os criminosos. Os delegados disseram, em coletiva de imprensa, que não é possível identificar um perfil entre os criminosos, pois haviam homens de idades entre 18 a 80 anos. Pessoas de outros lugares do mundo também foram flagradas, e as informações enviadas para a polícia dos respectivos países.


Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
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