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Polícia apreende aeronaves de piloto envolvido na morte de Gegê

Felipe Ramos Moraes está entre os investigados por execução, no Ceará, de membros de facção criminosa.

01/03/2018 18:14

A Polícia Civil de São Paulo apreendeu nesta quinta-feira (1º) duas aeronaves pertencentes ao piloto Felipe Ramos Moraes. Ele é investigado por envolvimento nas execuções de dois chefes da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC): Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca.

Investigações apontam que Gegê e Paca embarcaram em helicóptero pilotado por Moraes no litoral do Ceará no último dia 15. A aeronave fez um pouso que não estava previsto numa reserva indígena de Aquiraz, a 30 quilômetros de Fortaleza, local onde os dois integrantes do PCC foram torturados e assassinados.

Helicóptero usado na execução de Gegê do Mangue foi achado em Fernandópolis (Foto: Divulgação)

A aeronave usada no dia das execuções foi encontrada nesta quinta-feira por policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) em área de mata em Fernandópolis, no interior de São Paulo. Ela era levada para a capital na tarde desta quinta sob escolta do helicóptero Pelicano, da Polícia Civil.

O outro helicóptero que era utilizado por Moraes foi achado num hangar do ABC na quarta (28) e já foi levado para São Paulo (veja acima).

Segundo o Deic, também foram apreendidas duas lanchas que estavam em marinas em Guarujá e Santos, no litoral.

Helicóptero usado na execução de Gegê do Mangue foi achado em Fernandópolis (Foto: Divulgação)

Apartamento revistado

Nesta manhã, policiais revistaram um apartamento pertencente ao piloto em Guarujá, litoral de São Paulo. Policiais solicitaram autorização à Justiça para fazer uma varredura no imóvel, uma vez que havia a suspeita de que ali eram guardados armamentos pertencentes a facção criminosa de São Paulo.

Felipe Ramos Moraes está entre os investigados por organização criminosa na morte de Gegê e Paca.

Taxista viu piloto nervoso

No último dia 27, um taxista que prestou depoimento no caso da morte dos chefes do PPC no Ceará disse ter deixado Felipe Moraes em uma empresa de táxi aéreo na manhã de 15 de fevereiro. Logo depois, Moraes conduziria o helicóptero levando os dois chefes da facção para o local onde foram mortos.

No trajeto no táxi, o piloto pediu pressa e disse que ''não queria deixar o serviço com outra pessoa", afirmou o motorista.

Desvio de dinheiro em facção

Um bilhete achado na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, reforça a suspeita investigada pelo Ministério Público de que Gegê e Paca foram foram mortos porque supostamente desviaram dinheiro da facção criminosa.

“Amigos aqui é o resumo do Pe quadrado [Penitenciária] e mais uns irmãos. Ontem foram chamados em uma ideias, aonde nosso ir [irmão] cabelo duro deixou nois [sic] ciente que o fuminho mandou matar os (...) o GG e o Paka. Inclusive o ir cabelo duro e mais alguns irs [irmãos] são prova que os irs [Gegê e Paca] estavam roubando”, informa o bilhete escrito a caneta num pedaço de papel.

Fonte: G1
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