Um policial militar
lotado no 18º BPM de Timon foi conduzido para a Central de Flagrantes de
Teresina após fazer disparos para o alto durante o Zé Pereira do Mocambinho, na
noite deste domingo (04). Os tiros teriam sido dados para evitar a ação de bandidos
que teriam tentado assaltar o PM durante o evento, foi o que informou o coronel
Alberto Menezes, comandante de operações especiais da Polícia Militar
Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver que o policial estava no meio da multidão, próximo a um paredão de som, quando levanta a mão e atira pelo menos cinco vezes.
De acordo com o tenente César Gomes, do 9º BPM de Teresina e que participou da abordagem, o policial estava à paisana e fora de serviço no momento do ocorrido. A arma utilizada por ele para fazer os disparos era uma pistola calibre 380, registrada no nome em seu próprio nome, ou seja, não pertencia à Corporação.
Após ser conduzido para a Central, o policial teve que assinar um termo circunstancial de ocorrência e a Polícia Militar do Maranhão foi acionada para acompanhar o caso e dar prosseguimento à investigação em conjunto com a Polícia Civil do Piauí. O PM permanece recolhido à delegacia.
“É um caso que inspira cuidados, porque a atitude dele poderia ter tido consequências maiores. Ele atirou para cima no meio de uma multidão e poderia ter causado desespero nas pessoas e instalado uma confusão generalizada. A investigação é que vai dizer o que realmente motivou aqueles disparos e o encaminhamento do caso, bem como as sanções que poderão ser aplicadas. Nesse ponto, já é competência da PM do Maranhão”, explica o coronel Alberto Menezes.
Não foi o primeiro
Este não foi a primeira vez que um policial militar se envolveu em confusão durante prévias carnavalescas em Teresina. No ano passado, o tradicional Baile do Pirata, no Iate Clube de Teresina, foi marcado por confusão e empurra-empurra após um PM, também do Maranhão, sacar a arma e ameaçar os presentes. Seguranças do local conseguiram conte-lo, mas por medida de segurança, a direção do clube decidiu cancelar as prévias seguintes que já estavam marcadas no calendário de Carnaval.
Este ano, no último dia 13 de janeiro, o cabo do Exército Wanderson Lima Fonseca foi preso depois fazer disparos durante a prévia da Banda Bandida em Teresina e deixar três pessoas feridas. Três dias depois, ele se apresentou à Polícia Civil, alegando que agiu em legítima defesa. Wanderson encontra-se recolhido ao Presídio do 2º BEC à disposição do Judiciário piauiense.
Leia também:
Após incidente com PM que sacou arma em festa, Iate cancela Baile do Hawaii
Vídeo mostra momento de desespero em tiroteio na Banda Bandida
Por: Maria Clara Estrêla