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Piauí tem mais de 100 ossadas humanas sem identificação; polícia coleta DNA

Dados coletados serão de grande valia para identificar pessoas que estão desaparecidas ou que morreram e os familiares ainda não conseguiram identificar seus entes queridos

07/06/2021 13:11

Foi lançada nesta segunda-feira (07) a campanha de coleta de amostras biológicas de familiares de pessoas desaparecidas. O evento aconteceu no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e chama atenção para a quantidade de ossadas humanas sem identificação no Piauí, bem como o número de pessoas desaparecidas.

No Piauí, aproximadamente 100 ossadas humanas aguardam por identificação no Instituto Médico Legal (IML) e mais de 400 pessoas são consideradas desaparecidas no Estado. A campanha está sendo fomentada através da Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos e possibilitará a integração entre todos os estados brasileiros, como explicou o secretário de Segurança do Estado, coronel Rubens Pereira.

(Foto: ODIA)

“A ideia é formar uma rede nacional para encontrar pessoas desaparecidas. Sabemos que no Estado existem 100 ossadas que ainda não foram identificadas por conta de um procedimento, que é a realização do DNA dos familiares. Não sabemos se essas ossadas que estão no Piauí pertencem à pessoas que moram aqui ou que moravam em outros Estados”, explica. 

Ainda de acordo com o secretário de Segurança, essa é uma campanha conjunta entre as polícias civil, secretarias de segurança, Ministério Público e Ministério da Justiça. Para atender à população, serão estabelecidos locais de coleta, no qual os familiares poderão se deslocar para que o material seja coletado para realização do exame de DNA, totalmente de forma gratuita. 

Além disso, o coronel Rubens Pereira reforça que o Piauí possui uma delegacia especializada para investigar o desaparecimento de pessoas, que está sediada no Departamento de Homicídios, sob o comando do Delegado Baretta.

O diretor do Departamento de Polícia Técnico Científica, Antonio Nunes, destacou que esses dados coletados serão de grande valia para identificar pessoas que estão desaparecidas ou que morreram e os familiares ainda não conseguiram identificar seus entes queridos. 

“A proposta é conseguir inserir o perfil genético de desaparecidos em todo território nacional, inclusive no Pìauí, no banco nacional de perfil genético, para haver a comparação com aqueles parentes que se apresentem, inclusive aquelas pessoas que somem em um Estado e morrem em outro. Isso poderá ajudar a identificar essas pessoas, resolver crimes e dar cidadania aos parentes”, disse.

As coletas serão feitas em delegacias regionais nas cidades de:

Parnaíba;
Piripiri;
Pedro II;
Campo Maior;
Teresina;
Floriano;
São Raimundo Nonato;
Picos;
Bom Jesus;
Uruçuí;
Corrente

O procedimento de coleta é indolor e não invasivo e que os familiares podem apresentar inclusive objetos de uso pessoal da pessoa desaparecida, tal como, escova de dente, aparelho de barbear, entre outros.

No Piauí, os familiares de primeiro grau devem procurar as Delegacias Regionais para realizar registro policial, bem como para o preenchimento do "Termo de Consentimento Livre e Esclarecido”. Após essa primeira ação, os familiares serão encaminhados para os núcleos de perícia mais próximos.

Em Teresina, o responsável pelo registro policial será o DHPP, onde funciona a Delegacia Especializada em Pessoas Desaparecidas e após registro, serão encaminhados para o IDNA, IML ou ao Centro de Atendimento da Polícia Federal.

Devem ser requeridas, preferencialmente, o comparecimento de dois familiares em primeiro grau, seguindo a ordem de preferência:

â—¦ (1) pai e mãe´
â—¦ (2) filho (a) e cônjuge (pai/mãe do filho);
â—¦ (3) irmãos. No caso de irmãos, quantos forem possíveis.

Confira os endereços para atendimento e maiores informações podem ser acessadas no site: www.gov.br/mj/desaparecidos ou pelo e-mail: [email protected] ou, no Piauí, diretamente com o IDNA através do número 86 99455-2115.

Por: Com informações de Tony Silva, da O DIA TV
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