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Piauí já contabiliza 14 ataques a instituições financeiras só em 2018

Segundo o Greco, os membros da quadrilha desbaratada ontem em Campo Maior ficariam com R$ 1 milhão cada se o assalto ao banco da cidade fosse concretizado.

26/04/2018 08:05

Pelo menos 14 instituições financeiras já foram alvo da ação de quadrilhas especializadas somente este ano no Piauí. 20 pessoas já foram presas nas ações da polícia para combate a este tipo de crime e outras sete acabaram morrendo em confrontos armados durante tentativas de abortar as ações criminosas. Os dados são do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) e foram repassados pelo delegado Willame Morais, que coordena a delegacia especializada da Polícia Civil.

A polícia apresentou, na manhã de hoje (26) os três indivíduos presos após intensa perseguição na região de Castelo do Piauí e Campo Maior  e, segundo os depoimentos colhidos dos suspeitos, cada membro da organização criminosa ficaria com pelo menos R$ 1 milhão caso o roubo às instituições financeiras que pretendiam praticar ontem tivesse sido concretizado.

Para o coordenador do Greco, a quadrilha, que formada por criminosos pernambucanos e paraibanos, tinha um objetivo bastante claro e atuavam de forma extremamente bem estruturada. Segundo o delegado, até casa eles havia alugado em Campo Maior para servir como ponto de apoio.


O delegado Willame Morais, coordenador do Greco, divulgou dados das ações de combate a ataques a bancos no Piauí (Foto: Moura Alves/O Dia)

Além dos três indivíduos presos ontem, a polícia ainda faz buscas por mais três pessoas, que ainda se encontram em fuga na região de Castelo.  “O líder dessa quadrilha é pernambucano e não atua diretamente nos ataques, mas fornece todo o aparato para que eles sejam feitos: aluga carros, provê armamento, cuida da logística de instalação da quadrilha nas cidades-alvo e articula a comunicação entre os vários estados do Nordeste”, explica Willame.

A prova de que o grupo possui estrutura bem montada, segundo o delegado, é o tipo de armamento por ele utilizado, que inclui armas de guerra como calibre 762 e caibre 556, fuzis e munições de alto poder destrutivo. Somente em Teresina, nos quatro primeiros meses deste ano, o Greco apreendeu quase 300 emulsões, ou seja, 300 bananas de dinamite em poder de integrantes e suspeitos de integrar quadrilhas especializadas em ataques a bancos.

Sobre os criminosos que continuam foragidos, a Secretaria de Segurança informou que deslocou efetivos do BOPE, das Forças Táticas de Campo Maior, Castelo e São Miguel para região. A operação também conta com o apoio da Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil.

Por: Maria Clara Estrêla
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