Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

PF deflagra operação contra beneficiários fantasmas do INSS

Foram cumpridos 14 mandados judiciais nas cidades de Codó, Timbiras, Coroatá, Presidente Dutra e São Luis, todas no Maranhão, e em Teresina, onde foi apreendido um carro de luxo.

05/09/2017 09:45

A Polícia Federal deflagrou a Operação Fantôme, na manhã desta terça-feira (5), em cinco municípios do Maranhão e em Teresina. O objetivo é desarticular um esquema criminoso no qual eram falsificados documentos públicos para concessão de benefícios de Amparo Social ao Idoso a pessoas fictícias, além do recebimento indevido de benefícios previdenciários após o falecimento do titular.

O nome Fantôme, na tradução da língua francesa, significa fantasma, em alusão ao esquema criminosocujo modus operandi seria a utilização de beneficiários fantasmas, criados apenas para que o verdadeiro autor não aparecesse nas operações fraudulentas.

A PF cumpriu 12 mandados judiciais de busca e apreensão, sendo um em Teresina e os demais em municípios maranhenses: um em Coroatá, três em Timbiras, quatro em Codó, um em Presidente Dutra e dois na capital São Luís.

Também foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva. E os agentes federais realizaram o sequestro de bens imóveis e de veículos que estavam em poder dos principais investigados.

Em Teresina, foi apreendido um carro de luxo.

De acordo com a PF, a organização criminosa contava com um funcionário de uma instituição bancária em Timbiras (MA) e outro da agência dos Correios em Codó (MA), responsáveis pela abertura de contas correntes, realização da prova de vida e renovação de senha bancária. Fazia parte, ainda, um servidor do INSS, atualmente aposentado, além de intermediários e agenciadores.

Os investigados presos serão indiciados pelos crimes de estelionato previdenciário, organização criminosa e lavagem de capitais.

A Justiça determinou ao INSS que suspenda o pagamento de 109 benefícios, submetendo-os a procedimento de auditoria.

O desvio estimado aproxima-se de R$ 10,2 milhões, e a suspensão dos benefícios deve evitar um prejuízo anual de gira em torno de R$ 1,2 milhão. 

A investigação, que teve início em 2012, contou com o apoio da Força-Tarefa Previdenciária, integrada pela Polícia Federal (PF), pela Secretaria de Previdência e pelo Ministério Público Federal (MPF), com a finalidade de reprimir crimes previdenciários.

A operação contou com a participação de 50 policiais federais e de dois servidores da área de inteligência previdenciária, a Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos (APEGR).

Fonte: PF
Edição: Nayara Felizardo
Mais sobre: