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PF apura obtenção ilegal de empréstimos junto à Caixa no Piauí

Banco teria tido um prejuízo de R$ 149 mil com o empréstimo ilegal obtido com falsificação de documentos de servidores públicos.

25/08/2020 07:12

A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta terça-feira (25) no Piauí para apurar empréstimos consignados obtidos ilegalmente junto à Caixa Econômica Federal mediante a falsificação de documentos em nome de servidores públicos estaduais. A ação foi denominada de Operação Margem Livre e identificou uma obtenção ilícita de R$ 149 mil junto ao banco, no entanto esse valor pode ser ainda maior, uma vez que, segundo a PF, a aquisição ilegal desses empréstimos aconteceria de forma reiterada por parte dos integrantes do grupo criminoso.

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Foto: Divulgação/Polícia Federal

Nesta manhã, as agentes da Polícia Federal estão cumprindo cinco mandados de prisão e quatro mandados de busca e apreensão em Teresina. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federa aqui da Capital e estão sendo executadas por 26 policiais em diligências desde as primeiras horas de hoje (25).

“Essa organização criminosa tinha acesso aos contracheques de servidores públicos estaduais e fazia um filtro, uma seleção daqueles que tivessem uma margem consignada maior e, com uso de documentos falsos, obtinham junto à Caixa Econômica Federal e em benefício dessa organização criminosa, os empréstimos fraudulentos. Os prejuízos à CEF, calcula-se diretamente em R$ 150 mil aproximadamente, mas como se trata de uma quadrilha que tem reiteração ao longo do tempo, estima-se que esse prejuízo possa ser muito maior”, explicou a delegada Mariana Calderon, superintendente da Polícia Federal no Piauí.


Por meio de nota, a Polícia Federal informou que os envolvidos no esquema de obtenção ilegal de empréstimos junto à Caixa Econômica Federal poderão responder por estelionato qualificado, falsificação e uso de documento público e privado e associação criminosa. Somadas as penas, eles poderão cumprir até 19 anos de reclusão.


Foto: Divulgação/Polícia Federal

O nome da operação

A Operação Margem Livre foi assim batizada, porque o nome faz referência à margem consignável ou margem livre, constante no contracheque dos servidores públicos e usada por criminosos para obtenção dos empréstimos fraudulentos.

Por: Maria Clara Estrêla, com informações da Polícia Federal
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