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Padre está em prisão domiciliar por suspeita de abusar de coroinha

Hoje o adolescente tem 14 anos, mas abusos teriam iniciado há cerca de um ano e meio.

10/02/2017 17:48

O padre Paulo Jorge de Oliveira Viana está sendo investigado por abusar de um adolescente durante aproximadamente um ano e meio. O garoto, que hoje tem 14 anos, era coroinha da igreja onde o pároco atuava, em Buriti dos Lopes.

Paulo Jorge chegou a ter a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas, posteriormente, o juiz determinou que ele ficasse em prisão domiciliar.

A delegada Daniella Dinali Aguiar, que investiga o caso, diz que não vê motivos para que a prisão preventiva seja decretada no momento.

"A promotora pediu a prisão preventiva e o juiz concedeu. Porém, o próprio padre se apresentou espontaneamente, eu já tinha o mandado de prisão em mãos, mas o juiz resolveu mudar para uma prisão domiciliar", detalha a delegada.

A denúncia chegou à Polícia Civil no final do ano passado, por meio do Conselho Tutelar.

A Diocese de Parnaíba, à qual Paulo Jorge está subordinado, informou que ele foi suspenso das suas funções sacerdotais no dia 31 de janeiro.

Como os abusos sexuais tiveram início quando o adolescente tinha menos de 14 anos, o padre deve ser indiciado por estupro de vulnerável. Segundo a delegada Daniella Dinali, a pena pode ser aumentada por conta do agravante de que o padre tinha autoridade sobre a vítima, visto que era sacerdote e o adolescente, coroinha.

Veja a íntegra da nota divulgada pela Diocese de Parnaíba:

A Diocese de Parnaíba, na pessoa do seu Bispo diocesano, Dom Juarez Sousa da Silva, vem, através desta nota, informar que ao tomar conhecimento, ainda que informalmente, de que havia denúncia e investigação contra o Pe. Paulo Jorge de Oliveira Viana, presbítero incardinado nesta diocese, decretou, de imediato, desde o dia 31 de janeiro do ano em curso, a suspensão do mesmo das funções sacerdotais ad divinis, e o seu afastamento do Ministério Sagrado, conforme a legislação canônica vigente.

A Igreja, Mãe e Mestra, prima pela verdade, e para tanto, coloca-se à disposição para colaborar com as autoridades civis, na busca da mesma, ciente de que “o tratamento do delito deve levar em consideração três atitudes: para o pecado, a conversão, a misericórdia e o perdão; para o delito a aplicação das penalidades (eclesiástica e civil); para a patologia, o tratamento”.

Que Deus nos conduza no caminho da verdade.


Parnaíba, 09 de fevereiro de 2017

Juarez Sousa da Silva - Bispo de Parnaíba

Mons. Carlos Alberto Seixas de Aquino -  Vigário Geral

Por: Cícero Portela
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